Câmara de vereadores busca maior segurança e fiscalização nas unidades pediátrica e adulta
O vídeo que se tornou viral nas redes sociais, revelando uma fisioterapeuta dançando com um bebê prematuro acomodado no bolso do jaleco no Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, causou uma onda de repercussão nacional.
Em resposta a essa controvérsia, a vereadora Anna Carolina Martins (PSDB), expressou sua preocupação e deu um passo proativo, apresentando um projeto de lei na Câmara de Vereadores.
O projeto propõe a instalação de sistemas de monitoramento por câmeras nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) tanto pediátricas quanto para adultos.
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A iniciativa da vereadora visa assegurar a integridade dos pacientes e prevenir a ocorrência de episódios semelhantes no futuro.
“Quando um bebê nasce, ele é cercado de cuidados pelos pais, que têm até medo de pegar no colo ou dar banho para não machucar. Então, quando vimos uma profissional que deveria estar zelando pela saúde do recém-nascido agindo desta forma, causa muita indignação”, afirmou a parlamentar.
A vereadora enfatizou que o objetivo das câmeras é supervisionar e regulamentar as atividades dentro das UTIs, garantindo a segurança e a qualidade do atendimento médico.
“Sei que não são todas as UTIs que possuem câmeras de monitoramento, por isso entendo que essa é uma forma de garantir a integridade dos pacientes e evitar esse tipo de conduta”, concluiu Anna Carolina.
O projeto
A utilização de câmeras em UTIs desempenha um papel fundamental na segurança dos pacientes e na transparência dos cuidados médicos.
Conforme estabelecido no projeto de lei, os hospitais serão responsáveis por implementar regras de controle interno e armazenamento das imagens capturadas.
As imagens serão mantidas em um banco de dados interno por um período mínimo de 180 dias, após a alta do paciente.
A utilização das imagens será de responsabilidade exclusiva do hospital, respeitando a privacidade das pessoas. O acesso às imagens só será concedido mediante solicitação de autoridades competentes.
Punições e investigação
A profissional envolvida no incidente já foi afastada de suas funções e está sob investigação pelo Conselho Regional de Fisioterapia.
O Ministério Público de Santa Catarina também está acompanhando o caso, avaliando possíveis medidas legais a serem tomadas.
O Hospital Marieta emitiu uma nota oficial expressando sua indignação e repúdio ao incidente. A instituição está tomando todas as medidas jurídicas cabíveis, tanto de natureza criminal quanto ética e administrativa
Além disso, está investigando outros colaboradores que estiveram envolvidos na ação inadequada.
Com uma média de 380 partos mensais, o Hospital Marieta reforçou seu compromisso com o respeito e a humanização no tratamento de recém-nascidos e parturientes.
A administração ressaltou que o comportamento isolado não reflete a conduta da maioria dos profissionais, que trabalham diariamente para cuidar dos bebês e garantir a qualidade e segurança do atendimento.
VEJA O VÍDEO DO BEBÊ QUE GEROU A POLÊMICA
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Nota do Hospital após video polêmico
“O Hospital Marieta vem a público manifestar sua completa indignação e repúdio com a conduta inapropriada e criminosa praticada e registrada em vídeo postado nas redes sociais por uma fisioterapeuta terceirizada, prestadora de serviços na instituição, manipulando indevidamente um recém-nascido.
Todas as medidas jurídicas – criminais, ético-administrativas e cíveis – estão sendo tomadas com o maior rigor possível, inclusive com apuração de colaboradores que filmaram ou participaram dessa cena lastimável, sem defender a criança. Com 380 partos mensais em média, o Hospital Marieta tem no respeito e na humanização ao recém-nascido e às parturientes sua premissa de trabalho há várias décadas. Este ato isolado não pode manchar a imagem de centenas de profissionais que atuam na unidade e zelam diariamente cuidando dos bebês.
Direção Geral e Administrativa do HMMKB”
Fonte: PSDB Mulher
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