O autor da tentativa de estupro foi preso, mas já foi liberado pela Delegacia
Bombinhas – No último final de semana, o caso da tentativa de estupro ocorrido na Costa Esmeralda teve novos desdobramentos. O crime aconteceu no último domingo, 16 de julho, na passarela de Bombinhas, quando o agressor arrastou a vítima e tentou estuprá-la. Felizmente, uma amiga da vítima presenciou a cena e conseguiu salvar a jovem.
Após ser cercado por moradores e pescadores que participavam do Saragaço, o agressor foi espancado, mas conseguiu escapar antes da chegada da polícia e permanecia foragido.
Após receber uma denúncia anônima, a Polícia Militar mobilizou uma guarnição para investigar a presença suspeita de um homem na residência de um local na Avenida Governador Celso Ramos, em Porto Belo. O responsável pela residência permitiu a entrada da equipe policial.
Chegando ao interior da residência, foi possível identificá-lo com as mesmas características repassadas pela vítima, barba preta, pele branca, cabelo platinado e moletom de lã xadrez.
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O suspeito, identificado como G. H. DA S. R., de 28 anos, foi abordado e confessou, diante das câmeras, que esteve no local da festa e se envolveu com uma mulher, mas negou a acusação de estupro. Ele afirmou que a suposta vítima contou com a chegada de uma amiga e outros homens que começaram a agredi-lo, o que o levou a fugir.
A vítima foi contatada pela guarnição e imediatamente reconheceu o agressor. Segundo os relatos e confirmações da vítima e do suspeito, a guarnição conduziu o indivíduo identificado para a Delegacia de Polícia de Itapema para os devidos procedimentos.
No entanto, ao chegar na delegacia para entregar o suspeito, o delegado de plantão se recusou a aceitar o flagrante. A vítima sequer foi ouvida e dispensada pela guarnição, não sendo mais necessário seu depoimento na delegacia. O suspeito foi liberado no local.
Após repercussão do caso, a Polícia Civil emitiu uma nota esclarecendo o caso.
Confira a Nota da Polícia Civil:
A Polícia Civil de Santa Catarina esclarece os fatos sobre o suposto estupro ocorrido durante o último final de semana na cidade de Bombinhas.
Primeiramente, é importante deixar claro que a Polícia Civil trabalha sempre baseada em provas e seguindo o que determina a lei. Dessa forma, utiliza-se da investigação e não de suposições para tomar suas providências.
Com relação ao fato comunicado pela Polícia Militar aos veículos de imprensa local, o que chegou até a Delegacia de Plantão foi que um suspeito gostaria de se apresentar, pois havia cometido um crime em outra data.
Não foi apresentada a possível vítima ou ainda testemunha dos fatos. Existem duas hipóteses de prisão e condução de qualquer pessoa até o Delegado de Polícia, sendo elas: ordem escrita de autoridade judiciária e prisão em flagrante. A prisão realizada pela PM não se enquadrava em nenhuma dessas hipóteses.
Ressalta-se que o delegado de Polícia é garantidor dos diretos fundamentais, entre eles a liberdade, e é ele o responsável por fazer a análise das conduções dos demais órgãos de seguranças, assim como verificar se há situações para prisão em flagrante.
A Polícia Civil já instaurou o inquérito policial para ouvir a suposta vítima, testemunhas e o suspeito de forma amparada em todos os procedimentos legais, evitando conclusões precipitadas. A Polícia Civil não busca o espetáculo público, mas a apuração criteriosa dos fatos, para que caso realmente tenha ocorrido o crime, seu responsável seja punido de maneira correta, ou seja, aquela prevista em lei.
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