Crise pode afetar segurança alimentar em larga escala
Crise global de alimentos pode se agravar, já que a Rússia suspende pacto que aliviava preços após invasão na Ucrânia. Acordo permitia que grãos bloqueados pelo conflito Rússia-Ucrânia fossem exportados com segurança.
A Rússia anunciou a suspensão de um acordo crucial que vinha reduzindo os preços de alimentos em mais de 20% globalmente. O pacto, negociado em julho do ano passado pelas Nações Unidas e pela Turquia, tinha como objetivo amenizar a crise global de alimentos ao permitir o transporte seguro de grãos ucranianos bloqueados devido ao conflito Rússia-Ucrânia.
A invasão na Ucrânia, ocorrida em fevereiro de 2022, gerou um aumento expressivo nos preços globais dos grãos. Em resposta, o acordo buscava restabelecer preços mais acessíveis para os alimentos, conforme apontado pela Organização das Nações Unidas.
A importância dessa parceria reside no fato de que tanto a Rússia quanto a Ucrânia são grandes exportadores de commodities, exercendo impacto direto nos preços dos produtos a nível mundial.
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A Ucrânia, através do acordo, exportou quase 33 milhões de toneladas métricas de grãos, como milho e trigo. O último navio contendo esses produtos deixou o país no último domingo.
O rompimento do acordo pela Rússia se deu devido à insatisfação com relação às suas demandas para melhorar as exportações de grãos e fertilizantes e à percepção de que países pobres não estavam recebendo grãos em quantidade suficiente.
Contra a extensão do acordo
Nesta segunda-feira, a Rússia oficialmente comunicou à Turquia, à Ucrânia e às Nações Unidas que se opõe à extensão do acordo de exportação de grãos do Mar Negro. A notificação foi feita pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, de acordo com informações da agência de notícias RIA.
Com a suspensão do acordo, especialistas alertam que a crise global de alimentos pode se agravar, colocando em risco a segurança alimentar de muitos países ao redor do mundo.
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