Enquanto o caso Nahel é julgado em Paris, a população queima veículos, enfrenta a Polícia e saqueia lojas na maior crise recente da França
Protestos e violência na França chegaram ao quarto dia consecutivo. Os fatos se desencadearam após o assassinato do jovem Nahel M., de 17 anos, por um policial em Nanterre, subúrbio de Paris.
Cerca de 45.000 policiais e uma frota de carros blindados foram enviados pelo governo francês às ruas. Até o momento de escrita desta matéria, 994 pessoas acabaram presas, segundo o Ministério do Interior.
Dezenas de carros, lojas e prédios acabaram incendiados, mais de 200 policiais feridos e saques intermináveis de departamentos. Estes pontos compõem, portanto, o saldo atual da maior crise na França desde os protestos pela reforma da previdência.
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Emmanuel Macron, o presidente, deixou mais cedo uma reunião com a União Européia em Bruxelas para participar de uma reunião emergencial de crise. Ele pede para que a população evite postar imagens sensíveis na internet e que forneçam as identidades de vândalos e saqueadores para o governo.
Um advogado da família de Nahel informou à imprensa que o policial responsável pela morte pediu perdão para a mãe do jovem, enquanto preso. Em contrapartida, a mulher, chamada Mounia, liderou parte dos protestos em Nanterre e chamou a ação do policial de “imperdoável”. Ela segue acusando o policial de racismo:
“Não culpo a Polícia, culpo só uma pessoa: a que tirou a vida do meu filho. Ele viu um rosto árabe, um pequeno rapaz, e quis tirar sua vida” – argumentou Mounia.
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