A Polícia Civil indiciou o advogado Rodrigo Barcelos de Oliveira por estelionato e falsa comunicação de crime. A investigação iniciou quando Rodrigo registrou um boletim de ocorrência. Na denúncia, o advogado alegou ter sofrido um sequestro relâmpago. No entanto, Rodrigo fez o B.O após gastar mais de R$ 13 mil em um shopping no Rio de Janeiro.
Segundo relatos do advogado, no dia 29 de maio, ele foi abordado por dois homens em uma moto enquanto dirigia pela Avenida das Américas. Rodrigo afirmou que os criminosos o coagiram a entrar no estacionamento do Barra Shopping, onde teria sido mantido como refém por um dos sequestradores, enquanto o outro realizava compras utilizando seu cartão de crédito.
No entanto, a Polícia Civil desmascarou a farsa ao realizar uma análise minuciosa das imagens das câmeras de segurança do shopping.
As gravações revelaram que Rodrigo estava caminhando sozinho e com as sacolas durante as mais de três horas em que fez compras no local. Além disso, as filmagens também mostraram o advogado indo ao estacionamento duas vezes para guardar as compras antes de deixar o local.
Diante das evidências, Rodrigo acabou confessando a fraude durante seu depoimento à polícia. Ele alegou ter inventado o crime devido a dificuldades financeiras, bem como afirmou que decidiu fingir o sequestro e aplicar o golpe ao ver sua geladeira vazia.
A lista de compras feitas pelo investigado inclui diversos itens de diferentes lojas, totalizando um gasto de R$ 13.035,90.
Entre os produtos adquiridos pelo advogado:
- mais de R$ 2 mil em um mercado;
- R$ 56,70 em mercado;
- R$ 300 em pilhas e guloseimas;
- mais de 3,4 mil em um capacete de moto;
- R$ 690 em um calçado;
- R$ 850 em itens na Giorgio Armani;
- R$ 2,2 mil em capa especial para prancha de surf;
- mais de R$ 1 mil em sunga de praia;
- R$ 400 em produtos de limpeza de eletrônicos;
- R$ 718 em cama para cachorro;
- R$ 1,3 mil em ótica.
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Nessa sexta-feira, 30, os policiais realizaram uma operação de busca e apreensão na residência de Rodrigo, no condomínio Portal da Barra, na Barra da Tijuca. Alvo do mandado, Rodrigo confessou os crimes pelos quais está sendo acusado durante a ação policial.
Por fim, o advogado irá responder pelos delitos de falsa comunicação de crime e estelionato. No entanto, ainda não há informações sobre o desenrolar do processo judicial e a possível aplicação de sanções ao advogado.
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