Decisão abrange universidades como Harvard, impedindo que escolham entre brancos, negros, latinos e asiáticos pela cor ao invés das competências
Na quinta (29), a Suprema Corte dos Estados Unidos, localizada na capital Washington, decidiu que as universidades de todo o país eliminem a escolha de raças como critério para a entrada de alunos.
A medida, segundo os juízes, visa igualar todos os candidatos, a fim de escolhê-los apenas pelas competências e experiências de cada um. Protestos surgiram na fachada da Suprema Corte de forma imediata ao anúncio.
Outros juízes, que votaram contra a decisão, argumentam que isso pode reduzir drasticamente a entrada de estudantes negros, latinos e asiáticos nas universidades. As chamadas “ações afirmativas” permitiam que tais grupos fossem selecionados com maior frequência para aumentar a diversidade étnica nas instituições, antes compostas quase 98% por brancos.
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O presidente Joe Biden e os ex-presidentes Donald Trump e Barack Obama também se pronunciaram sobre a medida. Biden se declara “absolutamente contrário à decisão”, Trump comemora e diz que “é um grande dia para os EUA”. Por fim, Obama diz que “apesar de não ser a resposta ideal”, as políticas anteriores permitiam que alunos “sistematicamente excluídos”, como ele e sua esposa Michelle, pudessem crescer nas instituições e se mostrarem.
A Universidade de Harvard declarou que cumprirá com a nova obrigatoriedade:
“Nas próximas semanas e meses, com base no talento e na experiência de nossa comunidade universitária, determinaremos como preservar, conforme o novo precedente da Corte, nossos valores essenciais” – escreveu a instituição em comunicado.
Mais e mais polêmicas vão surgindo conforme o passar das horas, gerando caos na política norte-americana. Mais uma vez, democratas e republicanos se enfrentam e protestos tomam conta do entorno da Suprema Corte.
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