Moscou investiga suposta participação do Ocidente na crise interna russa, que escancarou ao mundo a perda de influência de Putin
Na segunda (26), Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, se reuniu com jornalistas na Casa Branca para negar qualquer envolvimento do seu governo e da OTAN com a rebelião do Grupo Wagner contra a Rússia.
O presidente estadunidense afirmou já ter comunicado a Moscou que ninguém do Ocidente teve qualquer envolvimento com o grupo mercenário. Apesar disso, o governo de Putin segue investigando se estão mentindo, uma vez que o grupo mercenário poderia receber altas quantias de qualquer um para se virar.
A rebelião ocorreu na última sexta (23), quando o líder do grupo paramilitar, Yevgeny Prigozhin, gravou um vídeo acusando o Ministério da Defesa da Rússia de enviar bombardeiros contra um acampamento de sua equipe, na Ucrânia. Segundo ele, os responsáveis do alto escalão pagariam pelo crime. Desde então, o caos se instaurou dentro da Rússia.
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O Grupo Wagner então marchou e tomou a cidade russa de Rostov. Segundo Prigozhin, eles derrubaram um helicóptero de ataque do Exército russo, em resposta à contenção. Logo após a tomada, eles iniciaram uma “marcha por justiça” em direção à Moscou. Vladmir Putin surgiu na TV imediatamente para criminalizar publicamente Prigozhin por traição e anunciar respostas “sem piedade” contra os mercenários.
Na segunda (26), um acordo realizado em três partes, entre Rússia, Belarus e Wagner selou a desistência e recúo do grupo paramilitar. Prigozhin, que é amigo de longa data do ditador Lukashenko, concordou em retirar suas tropas da Rússia e viajar até Belarus, por motivos ainda desconhecidos.
A situação na Rússia continua tensa até o momento, uma vez que expuseram ao mundo uma fraqueza e perda de influência interna, o suficiente para incitar uma rebelião de seu principal aliado. Países-membros da OTAN comentaram que “a unidade russa acabou”.
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