O Tribunal do Júri acatou a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e condenou um homem a 16 anos e quatro meses de reclusão por tentativa de feminicídio. O crime ocorreu quando o réu, não aceitando o fim do relacionamento, tentou asfixiar sua ex-companheira.
Além disso, os filhos da vítima, uma menina de 12 anos e um menino de seis anos, presenciaram as agressões. Por isso, a prisão preventiva do réu foi mantida e foi negado a ele o direito de responder em liberdade.
Sobretudo, segundo a denúncia apresentada pela 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Blumenau, o réu demonstrava dificuldade em aceitar o término do relacionamento. A separação ocorreu no início de 2022, quando o condenado quebrou o celular da ex-companheira e a agrediu no rosto. Além disso, poucos dias após o rompimento, ele invadiu a casa da ex-companheira,
No dia 24 de janeiro, no final da tarde, o réu aproveitou da intimidade que havia mantido com a ex-companheira e do sentimento de posse para tentar matá-la.
No entanto os filhos da vítima, uma menina de 12 anos e um menino de seis anos, testemunharam toda a violência causada pelo ex-padrasto.
O Promotor de Justiça Guilherme Schmitt, que atuou no Tribunal do Júri, ressaltou a complexidade do caso devido à presença das crianças no local do crime, destacando a coragem da filha em defender a mãe e impedir o homicídio.
“São questões delicadas e sempre difíceis de abordar num plenário de júri. Mas, o julgamento ocorreu a contento. Foi desenvolvido da melhor forma possível para um julgamento dessa espécie e o Conselho de Sentença acabou acatando a tese do MPSC de tentativa de feminicídio. Dá para considerar que o resultado de 16 anos e quatro meses de reclusão foi justo, de acordo com o que continha na denúncia”, comentou o Promotor de Justiça.
Primeiramente, segundo as informações do MPSC, o condenado agrediu a vítima, apertando seu pescoço para asfixiá-la. Além disso, ele desferiu chutes em seu rosto e morder seu braço, exatamente onde ela possuía um tumor.
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Ele ainda tentou feri-la com um garfo que tomou das mãos de uma das crianças, mas não teve sucesso. Em seguida, o criminoso retomou a asfixia, enquanto a vítima já estava enfraquecendo e não conseguia mais se defender.
No entanto, na tentativa desesperada de salvar a mãe, a filha desferiu golpes de faca no agressor, que chegou a perseguir a mulher e as crianças, mas acabou caindo devido aos ferimentos.
Por fim, ele teve sua prisão preventiva mantida. Além disso, o condenado não tem o direito de responder em liberdade. A condenação a mais de 16 anos de reclusão foi considerada justa pelo Ministério Público, de acordo com a denúncia apresentada.
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