Jens Stoltenberg e Sergey Lavrov criam embate de versões sobre o conflito na Ucrânia, agravando as relações entre o Ocidente e a Rússia
Na segunda (19), o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, recusou uma proposta de ‘congelamento’ da guerra, que levaria em conta decisões da Rússia para um acordo de paz.
O líder da organização militar ocidental afirma que jamais poderão “aceitar um acordo ditado pela Rússia”:
“Todos nós queremos que essa guerra termine, mas uma paz justa não pode significar congelar o conflito e aceitar um acordo ditado pela Rússia. A Ucrânia tem o direito de libertar seu próprio território, e uma contraofensiva está em andamento. Quanto mais territórios os ucranianos conseguirem libertar, mais forte será sua posição na mesa de negociações” – afirmou Stoltenberg, em visita à Alemanha.
LEIA TAMBÉM:
Na terça (20), Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, rebateu rapidamente o argumento de Stoltenberg. Segundo ele, se a OTAN se nega a congelar o conflito para negociar, “então eles querem lutar”:
“Se a OTAN, através de Stoltenberg, mais uma vez declara que é contra o congelamento, como eles dizem, do conflito na Ucrânia, então eles querem lutar. Bem, deixe-os lutar, estamos prontos para isso. Já entendemos há muito tempo os objetivos da OTAN na situação em torno da Ucrânia, que foram formados ao longo de muitos anos” – respondeu Lavrov, agravando as tensões mundiais.
A organização militar ocidental segue enviando armamentos e equipamentos pesados para as tropas da Ucrânia, estes que viram troféus quando capturados ou destruídos pela Rússia. Em vídeos no mensageiro Telegram, tropas russas exibem e comemoram a captura e destruição de tanques de guerra norte-americanos, britânicos e alemães. Os russos encaram o auxílio da OTAN no conflito como uma participação direta, ou seja, uma guerra também contra o Ocidente.
Sugestão de pauta