Febre maculosa: casos graves em São Paulo e no Ceará geram preocupação

Três pessoas morreram em Campinas (SP); surto da doença já matou oito pelo país

Uma doença anda tirando o sono do Ministério da Saúde e de moradores do interior do Brasil. Trata-se da febre maculosa, transmitida por picadas de carrapatos infectados pela bactéria do gênero Rickettsia.

Na cidade de Campinas, São Paulo, um surto provocou a morte de três pessoas. As vítimas estavam em uma festa numa fazenda. Uma delas é uma jovem de 16 anos de idade.

No estado do Ceará, quatro casos foram confirmados desde janeiro deste ano, porém sem mortes. Em uma visão geral, o estado registrou 36 casos confirmados de febre maculosa entre 2010 e 2022.

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O Ministério da Saúde confirma o registro de 53 casos em todo o país até a quarta (14), com resultado de 8 mortes. Por isso, os dados apontam que a maior concentração de casos se localiza nas regiões Sul e Sudeste.

O carrapato estrela é o principal transmissor da doença. Ao picar animais como capivaras, cavalos, bois e até cachorros, outros carrapatos podem, portanto, também se contaminar e aumentar o alcance da febre maculosa. Os últimos dados apontam que até 60% dos casos podem resultar em morte para o ser humano.

Fique atento (a) aos sintomas: febre e manchas roxas nos braços, mãos ou pés. O pediatra e sanitarista, Daniel Becker, recomenda que logo ao identificar um carrapato na pele, a pessoa o remova o mais rápido possível: “Quanto mais rápido, menor o risco de infecção”, diz Becker.

Repelentes com base de DEET ajudam a proteger contra os carrapatos, além do uso de roupas compridas. Becker finaliza recomendando para que as pessoas prestem atenção em áreas do interior do país.