Com o uso de máscaras, a população deixou de sorrir como antes e acabou caindo no costume, deixando os ambientes menos humorados sem máscaras
No Japão, existe uma espécie de “escola do sorriso”. Chamada de Egaoiku – “Educação do Sorriso” em português – a instituição de ensino busca retomar nos japoneses a capacidade de sorrir, agora que eles podem parar de usar as máscaras.
A cultura japonesa sempre adotou o uso de máscaras para evitar o contágio com qualquer tipo de doença, até mesmo um simples resfriado. Com a chegada da pandemia de Covid-19, essa realidade dobrou de intensidade. Por conta disso, os japoneses aparentemente perderam a motivação ou capacidade para sorrirem quando não utilizam máscaras.
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Criada em 2017 e com treinamentos para comportamentos sociáveis para empresas e governos, a escola Egaoiku agora tem a missão de devolver essa capacidade à população do Japão.
Cada aula individual, que dura 1 hora, custa US$ 55 (R$ 272) e pode contar com várias técnicas especiais. Uma delas é o método “Hollywood Style Smiling Technique”, baseado no estilo ocidental popular de sorrisos.
Os alunos conquistam pontuações conforme avançam no conteúdo e quanto mais sorrisos mostram. Uma das professoras, Kawano, comenta que um sorriso passa sensação de segurança, especialmente na cultura japonesa:
“Culturalmente, um sorriso significa que não estou segurando uma arma e não sou uma ameaça para você. Com o aumento no número de turistas que chegam, os japoneses precisam se comunicar com os estrangeiros com mais do que apenas os olhos. Acho que há uma necessidade crescente de as pessoas sorrirem” – disse Kawano.
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