Séries e filmes famosos correm risco de sofrer longas paralisações em briga com Walt Disney, Netflix e outros estúdios
Na terça (2), o Sindicato dos Roteiristas da América (WGA) iniciou uma greve massiva contra os grandes estúdios de cinema e streaming. Clamando por melhores salários e valorização do trabalho, cerca de 11,5 mil roteiristas ameaçam paralisar grandes produções.
Além da reivindicação de aumento salarial, o sindicato pede pelo recebimento de um lucro maior pelas transmissões em streaming. Gigantes como Netflix, HBO Max e Amazon Prime Video lançam suas próprias produções, que ficam circulando por anos nos catálogos e repassam pouco para as equipes de produção.
Segundo o protesto, eles recebem um pagamento anual fixo, independente se a série ou filme X faz um enorme sucesso. Ou seja, as companhias de streaming lucram massivamente com os grandes sucessos, enquanto os roteiristas, que escreveram esses sucessos, recebem o equivalente a um salário mínimo nos EUA.
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Grandes programas de TV norte-americanos, como o ‘The Tonight Show’ e ‘Saturday Night Live’ podem ser os primeiros a sofrerem uma pausa pela greve. Os roteiristas escrevem estes programas praticamente no dia em que vão ao ar, portanto, se tornam alvos primários da greve.
Quanto mais tempo o Sindicato dos Roteiristas da América for ignorado pelos grandes estúdios, mais a greve irá afetar as grandes produções. Estúdios como Warner, 21st Century Fox Inc e Disney estão sob a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), alvo principal dos roteiristas.
Paralisações do mesmo tipo já ocorreram entre 2007 e 2008, durando 100 dias. A última ocorreu em 2017, resultando em um acordo urgente no último segundo. No entanto, em 2023, a paralisação promete ser ainda maior e mais grave, tendo em vista o maior alcance que as produções de cinema possuem com as massas e a urgência por novos conteúdos.
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