Datados entre 82 e 157 a.C, denários provavelmente pertenciam a um ex-soldado que buscava ter a própria fazenda
Um membro do Grupo Arqueológico Paleontológico de Livorno, na Itália, se deparou com um achado impressionante: dezenas de moedas romanas de prata enterradas, em uma floresta toscana.
Chamadas de denários, as moedas datam dos anos entre 82 a 157 a.C, segundo pesquisa aprofundada entre os arqueólogos. A descoberta ocorreu em 2021, fazendo com que o grupo se juntasse à principal arqueóloga das províncias de Pisa e Livorno, Lorella Alderighi, para descobrirem o máximo possível da história que envolve estas moedas em questão.
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Após um grande ‘brainstorm’, os pesquisadores acreditam que as moedas pertenciam a um ex-soldado do Exército Romano que buscava realizar um sonho, porém, interrompido:
“Este tesouro é sobre a vida de uma pessoa, as economias da vida de um soldado e suas esperanças de construir sua própria fazenda. No entanto, também conta uma história triste: o dono das moedas morreu antes que ele pudesse realizar seus sonhos usando suas economias. As moedas contam sua história” – pontuou a italiana Lorella Alderighi.
Entrando em ainda mais detalhes, Alderighi acredita que 175 denários eram o salário de um soldado após um ano e meio de serviço. A quantia bate com precisão com as moedas encontradas, além de estarem muito bem preservadas, mesmo estando tanto tempo enterradas pela natureza.
Se vendidas, as moedas somam entre 20 a 25 mil euros (mais de R$ 130 mil). Elas serão expostas no Museu de História Natural do Mediterrâneo, em Livorno, entre 5 de maio a 2 de julho.
“Este é um dos poucos tesouros de moedas antigas encontrados intactos e que fornece muitas informações numismáticas, históricas e sociais” – finalizou Alderighi.
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