Durante visita à Hungria, um dos países que vão contra a imigração, o pontífice também anunciou uma missão de paz para a guerra na Ucrânia
No domingo (30), o Papa Francisco realizou uma visita à Hungria, onde realizou uma missa e um encontro com refugiados ucranianos. Na ocasião, em Budapeste, o pontífice se pronunciou contra as leis mundiais contra a imigração.
Focando primeiramente na própria Hungria, governada pelo primeiro-ministro Viktor Orbán, declaradamente anti-imigração, Francisco lembrou que tais atitudes vão “contra as lições de Jesus”:
“Caso queiram seguir a Jesus, vocês devem evitar as portas fechadas de nosso individualismo em meio a uma sociedade cada vez mais isolada. As portas fechadas de nossas indiferenças para com os desfavorecidos e os que sofrem, as portas que fechamos aos estrangeiros ou diferentes de nós, aos imigrantes ou aos pobres” – pontuou Francisco.
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O pontífice chegou a criticar Orbán diretamente, ao ouvir o premiê reafirmar que a entrada de imigrantes “desconfiguraria a cultura” da Hungria.
Em seguida, Francisco se encontrou com cerca de 600 refugiados ucranianos da guerra. A Hungria faz fronteira com a Ucrânia, logo recebeu mais de 32 mil pessoas que fugiam do conflito. Durante uma missa para os ucranianos, o Papa revelou que há uma missão de paz ocorrendo no conflito:
“Estou disposto a fazer tudo o que precisa ser feito. Há uma missão em curso agora, mas ainda não é pública. Quando for pública, eu a revelarei. Eu acho que a paz sempre é feita abrindo canais, não os fechando. Isso não é fácil” – declarou Francisco.
Por fim, o chefe da Igreja Católica disse que conversou com a Igreja Ortodoxa Russa sobre a guerra. Segundo ele, “todos estão interessados no caminho para a paz”.
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