Atitude é vista como ponto de recuperação nas relações entre EUA e Brasil, após as polêmicas recentes
Na manhã desta quinta (20), durante uma reunião online do Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima, o presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou que pedirá ao Congresso a liberação de US$ 500 milhões (R$ 2,54 bilhões) para o Fundo Amazônia, no Brasil.
Caso os deputados norte-americanos aprovem o investimento, esta será a segunda maior doação ao fundo brasileiro. A primeira veio da Noruega, que doou US$ 1,2 bilhão (R$ 3,1 bilhões), logo após a reabertura do projeto.
LEIA TAMBÉM:
Além do depósito, Biden prometeu pedir a outros países aliados para que também doem ao fundo. Nos últimos meses, os Estados Unidos se demonstraram bastante motivados a buscar melhorias com relação ao meio ambiente. De acordo com os últimos cálculos da ONU, a humanidade precisa frear o aquecimento global em até 1,5º C, para evitar uma catástrofe climática até o ano de 2100.
O mundo já sinalizou que uma das melhores medidas para isso é impedir o desmatamento da floresta amazônica, considerada “o pulmão do planeta”. No ano de 2019, o Fundo Amazônia acabou congelado e sem aviso prévio aos países apoiadores. Em 2022, o desmatamento da Amazônia registrou ápices inéditos, como o dado de 11.568 km² de floresta reduzida a cinzas.
O fundo foi reativado no começo deste ano, e conseguiu rapidamente doações por parte da Noruega e da Alemanha. França e Inglaterra demonstraram interesse em colaborar, e agora os EUA, através de Biden, também pretendem fazer seu investimento.
A atitude norte-americana pode representar uma recuperação parcial nas relações entre o país e o Brasil, após as recentes polêmicas. Nos últimos dias, após visita aos Emirados Árabes Unidos, o presidente Lula criticou aos EUA e a União Européia, ao afirmar que eles incentivam a guerra na Ucrânia. John Kirby, da Casa Branca, respondeu que o brasileiro “propaga propaganda russa”, o que causou um “reboliço” internacional.
Sugestão de pauta