“Desafio do desodorante” mata crianças e adolescentes participantes da competição das redes sociais

Uma menina de 13 anos morreu este mês ao participar do desafio

O chamado “desafio do desodorante”, é uma competição que vem sendo realizada através da rede social Tik Tok. A mesma consiste em inalar o gás do desodorante aerossol pelo maior tempo possível. Essa prática é muito perigosa, além de causar riscos sérios à saúde também têm causado a morte de crianças e adolescentes que acessam esse tipo de conteúdo nas redes sociais.

O caso mais recente divulgado é da adolescente de 13 anos, Esra Hayne de Melbourne, Austrália. Ela foi uma das vítimas da brincadeira que faleuceu após sofrer uma parada cardíaca no dia 08 de Abril. A princípio, ela chegou a ser encaminhada para o hospital e ficou cerca de uma semana internada, porém não resistiu.

Nesse sentido, os pais da menina buscam alertar sobre os riscos de inalar os gases dos produtos, como latas de tinta em spray e desodorantes. Desse modo, em entrevista ao portal australiano Herald Sun, o pai desabafou: “Queremos ajudar outras crianças a não cair na armadilha de fazer uma coisa boba dessas que pode destruir vidas. É inquestionável que esta será a nossa cruzada. Não é algo que ela teria feito sozinha, se não tivesse visto online”.

Sobre outros casos do desafio

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Casos como esse vem aumentando significativamente nos últimos anos. Em Novembro do ano passado, um menino de 8 anos morreu ao participar do mesmo desafio, Bryan Maciel Lopes de Valinhos em São Paulo. Assim como ele, outra criança de 8 anos, chamada Raissa faleceu enquanto dormia após inalar o gás, também em São Paulo. Bem como, um menino de 10 anos, João Victor Santos, foi encontrado pelo SAMU em Minas Gerais, já sem vida após uma parada cardiorrespiratória ocasionada pela inalação do desodorante.

Os riscos são muitos para esse tipo de prática, devido ao desodorante aerosol ser feito com substâncias químicas como álcool, alumínio, éter e gases. Desse modo, a utilização frequente da substância pode causar lesões no pulmão e dependência. Além disso, pode resultar em parada cardíaca por asfixia, como foi o caso da menina australiana e do menino João Victor.