Beatriz Flamini, de 49 anos, queria testar “as consequências para a saúde mental e física do isolamento humano”
Nesta sexta (14), a atleta espanhola, Beatriz Flamini, de 49 anos de idade, saiu de uma caverna ao sul da Espanha. Ela conduzia um experimento físico e mental completamente isolada do mundo, que durou exatamente 509 dias.
Flamini deixou o local utilizando óculos escuros, para não danificar a visão pela luz do Sol. Ela concedeu entrevistas para a imprensa e contou que ficou apenas com livros e luz artificial. Sua alimentação era baseada no que sua equipe deixava para ela, sem haver contato pessoal.
“Eu não sei o que aconteceu no mundo. Para mim, continua sendo 21 de novembro de 2021. Ao ver todos vocês com máscaras, para mim ainda estamos na pandemia de Covid-19” – disse a atleta, logo ao sair da caverna.
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Enquanto muitos consideram loucura o que a espanhola fez, ela rebate, dizendo que em nenhum momento pensou em desistir da experiência. Segundo Flamini, ela aproveitou para ler, desenhar, escrever, tricotar, “ser e aproveitar”.
“Não falei comigo mesma em voz alta. As conversas que tive, eu tive de maneira absolutamente interna” – confirma Flamini, que conversou consigo mesma o tempo todo.
A experiência científica foi um segredo para muita gente, exceto para os familiares e amigos mais próximos da atleta. Ela ainda afirma que enfrentou uma “invasão de moscas” na caverna e que teve alguns lapsos de memória.
Logo ao sair do local, Flamini recebeu uma consulta médica ali mesmo. Com as saúdes física e mental inteiras, ela pôde conversar com a imprensa e sua própria equipe.
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