Evan Gershkovich, do The Wall Street Journal, se torna o primeiro jornalista dos EUA preso na Rússia desde a Guerra Fria
Nesta quinta (30), o FSB, serviço de segurança da Rússia e antiga KGB, anunciou a prisão do jornalista Evan Gershkovich, dos EUA. Ele trabalha no The Wall Street Journal e sofre séria acusação de espionagem militar.
Segundo o Kremlin, em Moscou, o jornalista estava coletando informações sigilosas de uma base militar, na cidade de Ecaterimburgo, centro-oeste da Rússia. Gershkovich é agora o primeiro jornalista norte-americano a ser preso em território russo, desde o fim da Guerra Fria, em 1991.
“Foi estabelecido que E. Gershkovich, agindo sob uma missão do lado norte-americano, estava reunindo informações classificadas como segredo de Estado, sobre a atividade de uma das empresas do complexo militar-industrial da Rússia” – afirmou o FSB, em comunicado público.
LEIA TAMBÉM:
O The Wall Street Journal nega a acusação do serviço de inteligência e segurança russo e pede a libertação imediata do jornalista. No entanto, o governo de Moscou ainda aplicou um processo criminal contra Gershkovich, o que complica mais a situação.
“O Wall Street Journal nega veementemente as alegações do FSB e busca a libertação imediata de nosso confiável e dedicado repórter, Evan Gershkovich. Somos solidários com Evan e sua família” – comunicou o jornal norte-americano.
Gershkovich possui um grande histórico de coberturas jornalísticas sobre a Rússia, de modo geral. Escrevendo sobre o país desde 2017 e em diferentes jornais pelo mundo, ele agora pode se tornar mais um estopim para o agravamento das tensões entre Moscou e Washington.
Sugestão de pauta