Mais de 1 milhão de pessoas estiveram nas ruas de todo o país contra a reforma da Previdência, imposta forçadamente por Macron
Na noite de quinta (23), a população francesa incendiou a Prefeitura de Bordeaux, em ato contra a reforma da Previdência na França. A Polícia usou gás lacrimogêneo para fazer a contenção dos manifestantes, resultando em confrontos e pessoas feridas.
Mais de 1 milhão de franceses saíram às ruas, em nítida escalada na revolta contra o presidente Emmanuel Macron. O Rei Charles, do Reino Unido, estava com visita marcada à França e acabou adiada, devido ao perigo crescente nas ruas.
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Elisabeth Borne, primeira-ministra do país e responsável por anunciar a atitude de Macron, de impôr a reforma da Previdência, comentou na internet:
“Demonstrar e expressar divergências é um direito, mas a violência e a degradação que testemunhamos hoje são inaceitáveis. Toda a minha gratidão à Polícia e às forças mobilizadas” – escreveu a primeira-ministra.
Alguns manifestantes cederam entrevistas aos portais internacionais Reuters e AFP. Eles dizem que justificam a violência dos protestos com o fato de que “a democracia não está sendo aplicada no país”. A fala é referência ao fato do presidente Macron ter acionado o artigo 49.3 da Constituição, forçando a aprovação da reforma sem passar por votações no Parlamento.
“As ruas têm legitimidade na França. Se o senhor Macron não consegue se lembrar dessa realidade histórica, não sei o que ele está fazendo aqui” – disse um manifestante, em referência às revoluções na história do país.
O governo de Macron espera que os protestos percam força e a população recue com o aumento da repressão policial. No entanto, os sindicatos que organizam tudo afirmaram que não haverá enfraquecimento. Garis, bombeiros, professores e mais estão todos reunidos nacionalmente.
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