EUA, Reino Unido, Austrália e Polônia lutaram contra o regime de Saddam Hussein em 2003 e deram início ao vexame internacional
Sob acusações de que o Iraque estava avançando com um programa de armas de destruição em massa, os países aliados o invadiram, no dia 20 de março de 2003. A investida marcou o início da “era do ódio” internacional contra os EUA, que perdura até os dias atuais.
Entre 1990 e 1991, o Iraque invadiu o Kuwait, país vizinho. Na ocasião, surgiram rumores de que o governo iraquiano estava querendo produzir armas nucleares e biológicas. Os EUA, então, lideraram uma investida multinacional no Kuwait, para ajudar a expulsar as tropas iraquianas. O momento histórico é chamado de Guerra do Golfo e durou apenas um ano, com o Iraque forçado a recuar com sucesso.
Com o fim do conflito militar, a ONU aprovou a Resolução 687, que ordenava ao Iraque cancelar e destruir quaisquer programas de destruição em massa em andamento. No entanto, no ano de 1998, o país suspendeu a participação na Resolução, expulsando inspetores de armas da ONU. As reações internacionais foram imediatas.
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Os EUA e o Reino Unido foram os primeiros a se levantarem contra o Iraque, lançando ataques aéreos no país. No dia 11 de setembro de 2001, o grupo terrorista Al-Qaeda, comandado por Osama Bin Laden, atirou dois aviões contra o World Trade Center, em Nova York. Um terceiro avião atingiu parte do Pentágono, em Washington. Os EUA declararam guerra contra o terrorismo e contra o Iraque, governado por Saddam Hussein na época.
Vários países não aprovaram uma invasão ao Iraque, deixando os EUA na mão. Visto isso, os norte-americanos se recusaram a esperar por uma aprovação da ONU e juntaram uma “coalizão dos países dispostos” a atacarem o governo de Hussein.
Reino Unido, Austrália e Polônia concordaram e enviaram soldados, enquanto o resto do mundo desaprovou a atitude. O Kuwait permitiu que a invasão começasse a partir do seu território, que faz fronteira com o Iraque. E então, começou o conflito armado sob acusações de que Hussein estava construindo armas nucleares em larga escala.
Os países aliados tentaram provar com dossiês e informantes iraquianos a veracidade do suposto programa nuclear do Iraque. Para eles, estava bastante claro que o país uma hora usaria estas armas contra a América ou a Europa.
A guerra começou em março e terminou em maio de 2003, com a queda de Saddam Hussein do trono e sua execução. No entanto, as tropas norte-americanas continuaram no país até 2021, quando Joe Biden ordenou a retirada. As tropas britânicas, australianas e polonesas se retiraram logo após o fim do conflito.
Por fim, mas não menos importante, não havia nenhuma arma de destruição em massa no Iraque. O fato fez com que os EUA fossem vistos como vilões e propagadores de guerras e mortes até os dias de hoje, em suma maioria por países orientais.
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