Além disso, no trimestre imediatamente anterior, entre agosto e outubro, a taxa era de 8,3%
A taxa de desemprego no Brasil subiu para 8,4% no trimestre móvel de novembro a janeiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada na última sexta-feira, 17 pelo IBGE. É a menor taxa de desocupação para este período desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015 (6,9%).
Além disso, no trimestre imediatamente anterior, entre agosto e outubro, a taxa era de 8,3% (considerado um resultado de estabilidade para o IBGE). Comparado ao mesmo trimestre de 2022, quando chegou a 11,2%, houve redução da desocupação de 2,9 pontos percentuais.
LEIA TAMBÉM:
Em 2021, o percentual foi de 14,5%. Neste trimestre fechado em janeiro, a população desocupada chegou a 9 milhões de pessoas em números absolutos (resultado semelhante ao período imediatamente anterior). Assim, na janela de um ano, entretanto, a quantidade de pessoas desocupadas caiu em 3 milhões de pessoas. Em 2021, eram 15 milhões.
“Essa estabilidade ainda seria uma repercussão da redução da procura por trabalho nos meses de novembro e dezembro de 2022 sobre o início de 2023″, explica Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad Contínua. “Esse efeito conjugado entre a estabilidade da população desocupada e retração do número de trabalhadores, deixou a taxa de desocupação estável.”
Já o nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 56,7% no trimestre. Trata-se de uma redução de 0,7 ponto percentual frente ao trimestre anterior e aumento de 1,3 ponto percentual na base anual.
- Taxa de desocupação: 8,4%
- População desocupada: 9 milhões de pessoas
- População ocupada: 98,6 milhões
- População fora da força de trabalho: 66,3 milhões
- População desalentada: 4 milhões
- Empregados com carteira assinada: 36,8 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 13,1 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,3 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
- Trabalhadores informais: 38,5 milhões
- Taxa de informalidade: 39%
Pessoas ocupadas e desocupadas e o desemprego
Por fim, no trimestre encerrado em janeiro, a força de trabalho brasileira (pessoas ocupadas e desocupadas), chegou a 107,6 milhões de pessoas, uma redução de 1% ou 1 milhão de pessoas frente ao trimestre de agosto a outubro. Houve estabilidade frente ao mesmo período do ano anterior.
Ainda assim, uma das reduções mais expressivas apresentadas pelo IBGE é da taxa composta de subutilização, que caiu 22,5% na comparação anual.
De acordo com o IBGE, é considerado subutilizado todo aquele que está desempregado, que trabalha menos do que poderia, que não procurou emprego mas estava disponível para trabalhar ou que procurou emprego mas não estava disponível para a vaga.
No trimestre encerrado em janeiro de 2023, são 21,5 milhões de pessoas que estão desempregadas, subocupadas, na força de trabalho potencial, desalentados ou que não tem disponibilidade para o trabalho.
Desemprego e poder de compra
O rendimento médio real habitual (R$2.835,00), frente ao trimestre móvel anterior cresceu nas seguintes categorias: Alojamento e alimentação (7,0% ou mais R$ 123), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,1% ou mais R$ 121) e Serviços domésticos (2,2% ou mais R$ 23). Os demais grupos não apresentaram variação significativa.
Na comparação anual, houve aumento em Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (11,7%, ou mais R$ 192), Indústria (7,1%, ou mais R$ 181), Construção (8,5%, ou mais R$ 177), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (6,9%, ou mais R$ 148), Transporte, armazenagem e correio (4,9%, ou mais R$ 125), Alojamento e alimentação (9,5% ou mais R$ 164), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (9,0%, ou mais R$ 338), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,9% ou mais R$ 187), Outros serviços (9,6% ou mais R$ 194) e Serviços domésticos (6,5%, ou mais R$ 66).
Entre as posições na ocupação, na comparação trimestral, houve aumento entre os Trabalhadores domésticos (2,2% ou mais R$ 23) e os Conta própria (3,9% ou mais R$ 86).
As demais categorias não apresentaram variação significativa.
Na comparação anual, houve aumento para os Empregado com carteira de trabalho assinada (5,0%, ou mais R$ 126), Empregados sem carteira de trabalho assinada (12,2%, ou mais R$ 206), Trabalhadores domésticos (6,5%, ou mais R$ 66), Empregados no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (4,1% ou mais R$ 169), Empregadores (10,3% ou mais R$ 657) e para os Conta própria (11,3% ou mais R$ 233).
Sugestão de pauta