Casa Branca e Kremlin trocam ameaças após incidente entre caças russos e drone norte-americano, que provocou a queda em águas internacionais
Nesta quarta (15), Washington e Moscou finalmente dialogaram sobre o drone norte-americano abatido no Mar Negro na terça (14), por influência de caças russos. Como esperado, os governos não se seguraram e trocaram ameaças.
John Kirby, porta-voz da Casa Branca, recomendou que a Rússia tome cuidado ao enviar aeronaves próximas ao espaço aéreo norte-americano. Em resposta, Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse que as relações entre os países chegaram a um estado “lamentável” e ameaçou de volta, recomendando cuidado com operações próximas à Rússia.
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Apesar da escalada nas tensões entre os eternos rivais, o general Pat Ryder, dos EUA, afirmou que o drone teve que ser derrubado pelo próprio Pentágono ao ficar inviável para o vôo. Segundo ele, os caças russos fizeram manobras perigosas em frente ao drone e despejaram combustível sobre ele. A atitude deixou o drone quase inoperável, forçando o descarte nas águas do Mar Negro, próximo à Ucrânia.
Apesar das afirmações do porta-voz Peskov, o governo de Moscou nega que os caças SU-27 tenham feito qualquer contato com o drone norte-americano. Eles afirmam que o equipamento perdeu o controle sozinho, caindo no Mar Negro.
O caso é o primeiro incidente direto com os EUA desde o começo da guerra na Ucrânia e das tensões globais. As relações entre os norte-americanos e os russos apenas pioram, conforme o lado ucraniano segue recebendo cada vez mais apoio da OTAN. Espera-se que a China apoie a Rússia e também envie armamentos, provocando mais uma escalada.
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