País realiza série de violações de direitos humanos sob o comando de Daniel Ortega
Nesta terça (7), durante reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, Suíça, o diplomata Tovar Nunes anunciou que o Brasil está disposto a receber dissidentes nicaraguenses.
De acordo com as palavras de Nunes, o Brasil se dispõe a resolver a situação em “diálogo construtivo” com o governo de Daniel Ortega, que está no poder da Nicarágua desde 2007.
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Ortega possui sérias acusações na ONU por crimes contra a humanidade, que vão desde execuções extrajudiciais até tortura e retirada da nacionalidade da população. Pessoas que fugiram para os EUA e outros países próximos tiveram suas nacionalidades apagadas, impedindo que retornem à Nicarágua.
“O Brasil está preocupado com relatos de sérias violações de direitos humanos e restrições ao espaço democrático naquele país, particularmente execuções sumárias, detenções arbitrárias e tortura contra dissidentes políticos” – afirmou Tovar Nunes, na reunião da ONU.
Jan Simon, especialista independente na ONU, afirmou que a população nicaraguense sofre perseguição e até mesmo tortura, por motivações políticas:
“Os crimes são cometidos de maneira generalizada e sistemática, por motivos políticos, e que constituem crimes de assassinato, prisão, tortura, violência sexual e mais. A população vive aterrorizada” – disse Simon.
“Quase todos os meios de comunicação independentes e ONGs começaram a trabalhar do exterior. A situação continua piorando e lembra períodos muito sombrios da história” – completou.
Em reunião anterior na ONU, o Brasil se absteve de assinar uma declaração conjunta entre 55 países, que critica e criminaliza duramente o regime de Daniel Ortega. A recusa provocou maus olhares pela comunidade internacional.
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