Poli que caiu da passarela e Glória sua amiga, conversaram com exclusividade com o Portal Misturebas
O que era para ser férias desfrutando as belezas naturais no Vale Europeu, terminou em uma cama do Hospital Beatriz Ramos, em Indaial. Poli, de 53 anos, moradora em Itapetininga, cidade que fica no interior de São Paulo, levará muito mais do que lembranças, terá cicatrizes. Ela foi a vítima que caiu da passarela da Ponte do Encano, na sexta-feira (10).
Era para ser mais um dia “turistando” pela região. Poli e sua amiga Glória, se encantaram pelas atrações da região, principalmente pelo Ciclo Vale Europeu, atração tão divulgada pelo Brasil.
Em entrevista exclusiva ao jornalista Osmar Fohlmeister, do Portal Misturebas, Glória, amiga de Poli, narra os momentos de terror que as duas amigas viveram naquela sexta-feira.
Hospedadas em Timbó, as amigas estavam há três dias na região, quando decidiram se aventurar por Indaial. Após levarem duas bicicletas de transbike, receberam dicas de passeio, foram se deslocando até a rua Doutor Blumenau, no bairro Encano Baixo. Então, resolveram descer das bicicletas na passarela.
“Quando chegamos na passarela, encostamos as bicicletas e resolvemos fazer um filminho no mirante”, explica Glória.
Pouco tempo depois, a tragédia. Poli pisou na tampa do alçapão e despencou de uma altura de aproximadamente cinco metros (veja o momento da queda no vídeo da entrevista).
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Nas imagens, é possível ouvir o desespero de Glória, gritando por socorro, pedindo ajuda. A sorte de ambas é que no momento da queda, o fluxo de carros e pedestres era grande. Conforme relatos, tudo ocorreu por volta das 10h.
Por conta da queda, Poli fraturou o úmero, o maior do membro superior que se localiza no braço. Além disso, também fraturou a bacia. Nesse sentido, ela foi resgatada, imobilizada e levada por socorristas do Corpo de Bombeiros até o Hospital Beatriz Ramos.
Passarela insegura
“Ela ainda está no hospital, e não sabemos quando ganhará alta”, explica a amiga. Sobretudo, o que se sabe é que a reabilitação será longa e que a transferência para Itapetininga será de ambulância.
“Se é para culpar alguém, que seja a prefeitura”, questiona Glória.
Após o acidente, o Misturebas recebeu inúmeras mensagens de moradores reclamando da qualidade dos materiais utilizados na construção da passarela.
A reportagem esteve no local e constatou que é visível a péssima qualidade da madeira e do corrimão que já apresenta sinais de ferrugem. Além disso, nenhum representante dos poderes legislativo e executivo se pronunciaram ou prestaram qualquer apoio para as turistas.
Apesar do descaso, Glória pensa em voltar. “Quero voltar e ver que algo foi feito”, finaliza.
Uma perícia, se feita, apontará as causas do acidente.
“Era um presente de aniversário”
Se recuperando das lesões que sofreu, Poli está em um leito do Hospital Beatriz Ramos e lembra muito pouco dos momentos em que quase perdeu a vida.
“A viagem era um presente, pois o meu aniversário é em fevereiro. Resolvi conhecer a região por causa das belezas e do cicloturismo”, relembra Poli, emocionada ao falar exclusivamente com o Portal Misturebas. E completa: “Só lembro que tentei segurar em um ferro e da dor de cabeça.
Após o susto e medicada, Poli agradece a Deus e George, o rapaz que foi o primeiro a socorrê-la. “Só tenho que agradecer”.
Entrevista com George
George, informou em entrevista ao Portal Misturebas, que já havia visto as amigas antes do acidente, pedalando. Pouco tempo depois as reencontrou na ponte, relatou em áudio exclusivo ao Portal Misturebas.
“Passei pela ponte e vi a movimentação e reconheci a Glória”, conta. Só que, quando ele olhou para baixo, viu Poli caída às margens do rio, com muito sangue na água.
“Não pensei duas vezes. Desci o barranco e fui até ela”, explica. Por fim, ele explica que nesse meio tempo outro homem já havia chamado o Corpo de Bombeiros.
“Todo mundo que estava ali, ajudou no resgate”, finaliza João.
Veja a entrevista na íntegra
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