Seis policiais e três bombeiros foram demitidos. Cinco dos responsáveis pelo ataque são negros
Na última semana, a Polícia norte-americana do Estado de Memphis chocou o país com mais um caso de brutalidade policial contra negros. A vítima da vez foi Tyre Nichols, espancado por uma roda de seis policiais e deixado largado, encostado em seu carro, até a chegada do socorro.
O caso aconteceu no dia 7 de janeiro, mas somente na sexta (27) a Polícia de Memphis divulgou as filmagens dos coletes policiais. Nichols recebeu atendimento médico 15 minutos após o ocorrido e encaminhado para o Hospital. Ele não resistiu e morreu após três dias de internação.
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A Polícia de Memphis demitiu os seis policiais envolvidos, sendo cinco deles também negros. As filmagens da câmera corporal são de Hemphill, o único policial branco na situação, que disparou um taser contra Nichols em um momento de fuga dos policiais. Capturado momentos depois, ele acabou brutalmente espancado em revezamento. Nichols não reagiu em nenhum momento e o tempo todo perguntou o que estava acontecendo, o porquê da abordagem grosseira.
Todos os policiais receberam condenações na Justiça norte-americana por assassinato em segundo grau, agressão, sequestro, má conduta oficial e opressão.
O Corpo de Bombeiros de Memphis também demitiu, na segunda (30), três socorristas que atuaram no caso. Segundo comunicado oficial pela chefe do departamento, Gina Sweat, eles “violaram inúmeras políticas e protocolos dos bombeiros”. Robert Long e JaMichael Sandridge não foram capazes de avaliar corretamente o estado de Tyre Nichols no atendimento, e a tenente Michelle Whitaker ficou parada dentro do veículo, sem realizar o trabalho de socorro.
Protestos explodiram em quase todos os Estados do país. Em Nova York, manifestantes quebraram viaturas policiais e gritaram pelo fim dos assassinatos da comunidade negra pela Polícia dos EUA.
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