Micaele Gomes, de apenas 18 anos, descobriu um asteróide para a NASA e colabora com pesquisas sobre lentes gravitacionais no espaço
Uma jovem brasileira, de 18 anos de idade e natural do interior de Pernambuco, já conquistou grandes feitos mesmo vivendo ainda tão pouco. Micaele Gomes, no ano de 2021, descobriu um asteróide no espaço, que acabou catalogado por grandes cientistas na NASA.
O feito da jovem brasileira repercutiu pelos jornais locais e do país, garantindo à ela uma oferta de bolsa de estudos em uma escola particular de São José dos Campos (SP). Após se mudar e cursar a nova escola, em seu último ano ela recebeu um convite ainda mais especial.
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Dr. Ricardo Ogando, orientador de Micaele, a convidou para fazer parte de uma pesquisa internacional sobre o efeito de lentes gravitacionais no espaço profundo. O projeto conta com 50 cientistas de todo o planeta, reunidos para estudar imagens do Dark Enery Survey (DES), que compõem o estudo da energia escura no universo.
O efeito de lente gravitacional é uma espécie de ilusão de ótica, causada por enormes corpos celestes no universo, que contorcem a luz aos nossos olhos. É como explica Micaele:
“Essa teoria defende que qualquer corpo massivo desvia a luz que passa perto dele. Ou seja, se um raio de luz passar perto de uma estrela, por exemplo, esse raio vai ser curvado pela gravidade. Então, podemos dizer que as lentes gravitacionais são uma ilusão de ótica causada pela gravidade.
Antes dessa pesquisa, eu também estava trabalhando com as lentes gravitacionais fortes em um projeto no Observatório Nacional, por isso acabei recebendo um convite do meu orientador, o Dr. Ricardo Ogando” – explicou Micaele Gomes.
A jovem pernambucana, após todo o sucesso no meio astronômico e astrofísico, decidiu fundar um instituto de ciências para jovens mulheres como ela. Assim nasceu o Sciety Lab.
Micaele afirma que entende muito bem como são as dificuldades dos estudantes de escolas públicas de se interessarem por ciência. Através do Sciety Lab, ela busca popularizar e facilitar o acesso científico aos jovens.
“Lidar com a defasagem do ensino público nem sempre foi fácil, no entanto, a escassez de oportunidades foi importante para desenvolver minha criticidade e um perfil protagonista. Quando percebi que eu não tinha acesso à boas oportunidades para me desenvolver, comecei a furar bolhas e buscar ativamente por estudos, aprendizado, trabalhos e voluntariados que mudariam a minha trajetória. Isso me proporcionou as habilidades e conhecimentos que tenho hoje” – finaliza a estudante e CEO.
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