Supremo Tribunal Federal decidiu que pena de 425 anos para o ex-governador, preso por escândalos de corrupção pela Lava Jato, é excessiva
Na noite de sexta (16), o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou uma votação interna que decidia a soltura de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro e chefe de inúmeros esquemas de corrupção que fizeram o estado colapsar em diversos momentos.
O tópico da votação era o tempo de pena de Cabral. Acusado em 23 processos de corrupção pela Lava Jato, a pena imposta ao ex-governador era de 425 anos de prisão. Ele estava preso desde 2016, cumprindo apenas seis anos da sentença. Segundo Gilmar Mendes, ministro do STF, a pena é “extensa demais” para uma prisão preventiva, onde não há uma decisão definitiva sobre Cabral.
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Apesar da revogação da pena, Mendes reforça que Cabral não está absolvido de seus crimes e que seguirá inelegível pelas próximas eleições no Rio de Janeiro.
Daniel Bialski, advogado de Sérgio Cabral, afirma que ele “cumprirá todas as determinações de uma prisão domiciliar, com saídas permitidas apenas para ir ao médico ou emergências”.
Mesmo na cadeia, Cabral recebia diversas regalias. Ele conseguia contato direto com a família através de celulares e podia pedir comida em restaurantes de seu gosto. Além disso, suas celas possuíram cigarros eletrônicos e anabolizantes. Uma placa de isopor estava instalada no teto para isolar o intenso calor carioca.
Câmeras do complexo Bangu 8 já mostraram que Cabral tinha permissão para andar livremente pela prisão, além de receber as encomendas que pedia e visitas além dos horários permitidos.
O ex-governador deverá passar o Natal com a família, em um apartamento de Copacabana.
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