O crime contra a menina Luna ocorreu em abril deste ano
O padrasto e a mãe de Luna Bonett Gonçalves, de 11 anos, foram interrogados pela justiça no fórum de Timbó, no Vale do Itajaí, terminando a audiência de instrução de julgamento do caso. A princípio, após ouvir mais de dez testemunhas e os réus, a acusação entregou as alegações finais para a justiça na última terça-feira (13) solicitando que os dois acusados sejam mandados para júri popular.
Segundo informações do promotor Tiago Davi Schmitt, o modo que a criança morreu levou ao pedido do júri popular. “O que chama mais atenção é que vários anos de atuação no Ministério Público eu não havia visto nenhum crime com esse requinte de crueldade. Choca muito quando se lê o processo. Agora estamos caminhando para encerrar a primeira fase do tribunal e, no primeiro semestre do ano que vem, se tudo correr bem, a sociedade terá a oportunidade de julgar esse caso e esperamos que com o rigor necessário”, enfatiza o promotor, em entrevista ao NDTV.
Porém, durante o interrogatório de Tânia, mãe da menina, falou pela primeira vez sobre o crime. “A maior mudança foi que a Tânia acabou revelando fatos que já eram do conhecimento do Ministério Público e da Polícia. A investigação revelou o que de fato aconteceu e a Tânia acabou confirmando isso. Já o Fabiano continua se colocando numa condição de inocente, de que não sabe de nada e nega a prática de crime”, informou o promotor.
LEIA TAMBÉM:
Ele continua: “A acusação segue desde o início com a mesma linha, com a ideia de que os dois concorreram, na medida das culpabilidades, para o resultado morte da menina e devem receber uma pena adequada ao comportamento que eles praticaram. Nós pedimos que eles responsam por tortura, homicídio qualificado, cárcere privado, alteração da cena do crime e crime no qual a acusada assumiu a culpa sozinha sabendo que era mentira”, ressaltou Schmitt.
Data para o julgamento e crime contra Luna
Nesse sentido, a defesa dos réus têm até o dia 19 deste mês para entregar as alegações finais. O Júri acontecerá no primeiro semestre de 2023. O crime aconteceu no dia 14 de abril deste ano, em Timbó.
Luna vai ao hospital Oase em Timbó com hematomas em todo o corpo e sangramento na genital, o que levantou suspeita. Contudo, Após perícia e com indícios de crime de violência contra a menina, a mãe e o padrasto foram intimados a depor novamente. A mãe da menina, Tânia, assumiu ter matado a criança e o casal foi preso.
Por fim, de acordo com as investigações, Tânia e Fabiano agrediram a menina constantemente. O laudo pericial mostra que houve o estupro da criança.
Sugestão de pauta