Papa Francisco aprovou a beatificação da jovem, que foi morta após reagir a uma tentativa de estupro em casa
No sábado (10), aconteceu em Barbacena, Minas Gerais, uma cerimônia de beatificação para a jovem Isabel Cristina Mrad Campos, morta a facadas aos 20 anos de idade. O caso trágico ocorreu em 1982, quando um homem, contratado para montar seu guarda-roupas, tentou estuprá-la.
Ao reagir à agressão, Isabel acabou amarrada, amordaçada e esfaqueada 15 vezes. O assassino, que trabalhava terceirizado em uma loja de móveis, recebeu voz de prisão pouco tempo depois. Leila Aparecida de Jesus Antônio, de 63 anos de idade, funcionária da loja e que convivia com o criminoso, comentou sobre o caso da época:
“Eu trabalhava em uma loja de móveis e meu escritório ficava na sobreloja, local onde quartos e salas prontos eram expostos para os clientes. Eu o via sempre ali, apesar de ele não ser funcionário da loja e sim um terceirizado.
Nunca senti uma coisa boa no olhar dele. Ele sempre acompanhava o meu andar na volta do almoço. Ele foi preso e o pessoal da loja quis ir ao presídio no bairro Santa Terezinha visitá-lo. Abraçaram e choraram com ele, mas eu nunca consegui ver esse cara inocente. Uma coisa de sentimento mesmo, porque ele não me passava essa credibilidade” – finaliza Leila, que também tinha 20 anos no ano do assassinato de Isabel.
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O Papa Francisco reconheceu o martírio de Isabel Cristina em outubro de 2020, mas a cerimônia de beatificação precisou ser adiada por conta da pandemia da Covid-19. Agora, no dia 10 de dezembro de 2022, Isabel se tornou mais uma santa brasileira reconhecida pelo Vaticano.
A cerimônia aconteceu no parque de exposições Senador Bias Fortes, em Barbacena (MG). Coordenada pelo cardeal Raymundo Damasceno Assis, a beatificação contou com uma reflexão sobre o corpo e a alma. Familiares de Isabel estavam presentes e orgulhosos pela jovem, agora santa.
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