A venda do Paxlovid estará sujeita à prescrição médica
A Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), aprovou nesta segunda-feira, dia 21 de novembro, a venda em farmácias do antiviral Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir), produzido pela Pfizer.
Dessa forma, esse é o primeiro medicamento aprovado no país para o tratamento da doença em ambiente doméstico, e pode ser uma alternativa diante da nova onda de Covid-19.
O Paxlovid já tem uso emergencial aprovado no Brasil desde março deste ano. Ele é indicado para pacientes com risco de evoluir para casos graves e que não precisem de oxigênio suplementar.
Em estudos preliminares, a droga reduziu em até 89% o risco de internação pela doença.
No entanto, a venda em farmácias estará sujeita à prescrição médica. O tratamento envolve o uso de dois comprimidos simultaneamente, duas vezes ao dia, pelo período de cinco dias.
Assim sendo, o seu uso deve começar imediatamente após o resultado de exame positivo para Covid-19. E em até cinco dias após o início dos sintomas.
Em seu voto, a relatora do processo na Anvisa, a diretora Meiruze Freitas, destacou a importância de oferecer o medicamento na rede privada, devido à não incorporação integral dele no SUS.
Importante destacar que a rede pública disponibiliza o Paxlovid somente a pacientes imunocomprometidos acima de 18 anos ou em pacientes com 65 anos ou mais. É o que determina um parecer de maio deste ano da Conitec (Comissão Nacional para Incorporação de Tecnologias no SUS).
Meiruze Freitas também apontou “o cenário epidemiológico com a circulação de novas subvariantes da Ômicron, principalmente BA.5.3.1, BQ.1 e BE.9, em que, entre os dias 6 e 11 de novembro de 2022, foram notificados no Brasil 57.825 casos e 314 óbitos por covid-19 pelas Secretarias Estaduais de Saúde ao Ministério da Saúde, representando um aumento de 120% em relação à média móvel da semana anterior”.
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O preço de venda nas farmácias ainda não foi divulgado. Isso cabe à CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos).
Meiruze salientou que a disponibilidade de um medicamento não substitui a importância do esquema vacinal completo como melhor forma de evitar o agravamento de quadros de Covid-19.
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