Ampliação servirá para abrigar aliados que representam a frente ampla de partidos que o elegeu
A nova Esplanada dos Ministérios pode ganhar novas pastas para o terceiro mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no comando do Palácio do Planalto.
Aliás, além da ampliação, deve acabar com o modelo de função em superministérios e abrigar aliados que representem a frente ampla de partidos que elegeu Lula.
Todavia, alguns deles serão inéditos como os Ministérios dos Povos Originários; da Igualdade Social; e das Pequenas e Médias Empresas. Outras pastas podem ser desmembradas em novas, como o Ministério da Economia, por exemplo.
Lula irá na contramão de seus antecessores, Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), que reduziram o número de ministérios do governo federal. Atualmente, existem 23 ministérios, mas, na nova gestão, pode chegar a 33.
Oficialmente, o governo de transição começou na última segunda-feira, 7, sob a coordenação do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). Entretanto, uma decisão final sobre a criação dos novos ministérios deve acontecer nos próximos dias.
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Possíveis Ministros
Para a área econômica, fundamental para colocar em prática a agenda de investimentos propagada pelo governo eleito, estão cotados Fernando Haddad (PT), que perdeu as eleições para o governo de São Paulo, o ex-ministro Henrique Meirelles e também o economista Gabriel Galípolo.
O Presidente eleito foi cobrado a revelar o nome do ministro dessa área durante toda campanha eleitoral,
O plano é também separar pastas que se transformaram em gigantes da Esplanada, por reunirem diferentes temas conexos debaixo de um mesmo guarda-chuva, mas com dificuldade de gestão.
É o caso do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que viraria dois. O movimento é um aceno ao grupo das forças de segurança mais identificados às bases eleitorais do presidente Jair Bolsonaro.
Desde o início do governo atual, este grupo vinha pedindo uma pasta específica, o que acabou não acontecendo.
Justiça
Para a vaga de ministro da Justiça, há os nomes do ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB) e do advogado Silvio Almeida.
Casa Civil
Nas sinalizações, Lula defende o nome de alguém de confiança para a Casa Civil, com experiência para lidar com os outros ministros, governadores e com o Congresso Nacional. Os nomes do governador Rui Costa (PT), da Bahia e do ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT) estão entre os cotados.
Saúde
A pasta da Saúde é considerada uma das mais importantes como reposta ao desempenho errático do Brasil no combate ao coronavírus durante o governo Bolsonaro.
Para esta função, há avaliação do nome do ex-secretário da Saúde de São Paulo, Davi Uip, o que é visto como indicação alinhada ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), e também do ex-ministro Alexandre Padilha (PT).
Defesa
Para a Defesa, o novo governo de Lula quer nomear um civil. Por isso, estão em destaque um possível retorno de Aldo Rebelo (PDT) ou até mesmo a concessão da pasta para Alckmin.
Agricultura e Educação
Aliada na campanha depois de perder o primeiro turno, Simone Tebet (MDB) é apontada como opção para mais de uma pasta (Agricultura e Educação).
Na Agricultura, Tebet deve disputar preferências com os senadores Carlos Fávaro (PSD-MT) e Kátia Abreu (PP-TO). Na Educação, há quem defenda o cargo para o ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT).
Meio Ambiente
Tema presente no discurso de Lula após ser eleito, o Meio Ambiente poderá ter novamente a ex-ministra Marina Silva (Rede), que foi eleita deputada federal por São Paulo nestas eleições. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) está também cotado.
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