De acordo com os índios, o treinamento ocorreu em área indígena
O Ministério Público Federal (MPF) confirmou, na última quarta-feira (14), que investiga um treinamento tático da Polícia Militar de Santa Catarina dentro da Terra Indígena Morro dos Cavalos, em Palhoça.
A denúncia foi feita pela Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), que emitiu comunicado no dia 0 8 de setembro, afirmando preocupação sobre o caso. Nesse sentido, procurada, a Polícia confirmou que realizou curso de qualificação de táticas entre 1º e 6 de agosto na região. Mas afirma que utilizou um espaço privado.
De acordo com os indígenas, durante o período em que os policiais estiveram no local. Um morador da comunidade chegou a ser abordado pele polícia enquanto transitava na região e “sofreu intimidações ao mencionar que residia na aldeia”. Além disso, a comunidade relata perturbação.
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“A comunidade relata que ouviu por diversas noites o barulho de sirenes, gritos e sequências de disparos de armas de fogo, que vêm assustando as famílias, sobretudo as kyringue (crianças) e os mais velhos”, informou a comissão ao site G1.
Após a denúncia do CGY ao MPF, o órgão requisitou à Justiça Federal a retirada dos militares e abriu um inquérito para apurar o que aconteceu. Segundo o Ministério Público Federal, a portaria nº 771/2008, do Ministério da Justiça declarou a área como de ocupação tradicional indígena.
Polícia se pronuncia sobre treinamento em área indígena
Em nota, a Polícia Militar disse que no dia 02 de agosto quando o curso já havia iniciado, a coordenação foi procurada por representantes da Funai, que buscaram informações sobre a presença policial no local.
A corporação afirmou que explicou ao grupo que realizava atividades de campo de um curso operacional da PMSC, e deu detalhes sobre a programação. Em seguida, de acordo com a Polícia Militar, a Funai propôs levar lideranças indígenas até o local.
“A PMSC destaca que seus treinamentos obedecem todos os protocolos de segurança e que estará sempre à disposição da comunidade para melhor atender naquilo que for preciso para manter a integridade e a segurança de todos, junto com as demais forças de segurança do Estado”.
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