Ele finalmente chegou: 2022, o ano das eleições. Das eleições e da Copa do Mundo, claro!
Ele finalmente chegou: 2022, o ano das eleições. Das eleições e da Copa do Mundo, claro. E dentre todos os assuntos que rondam esse tema, o que está sempre envolto em polêmica é a famosa urna eletrônica. Afinal, porque a urna eletrônica é tão debatida?
Criada em 1995 e utilizada nas 12 eleições seguintes seguintes, a urna eletrônica se mantém insubstituível. Atualmente cerca de 147 milhões de eleitores utilizam o sistema eletrônico para o exercício da cidadania por meio do voto.
Bom, o fato é que mesmo assim, a urna eletrônica tem seus detratores. Por isso, resolvemos escrever esse artigo para explicar como funciona a urna eletrônica, qual a história da urna nas eleições do Brasil e como será a eleição de 2022. Por fim, você poderá decidir se a polêmica é justa ou não. Boa leitura!
História da urna eletrônica no Brasil
O projeto da urna eletrônica foi desenvolvido pelo TSE e é totalmente nacional, customizado de acordo com as características do eleitor brasileiro, ou seja, intuitivo para facilitar na hora do voto.
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Na primeira eleição informatizada, de 1996, mais de 32 milhões de brasileiros votaram em mais de 78 mil urnas eletrônicas. Desde então, a Justiça Eleitoral também adquiriu urnas nos anos de 1998, 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2009, 2010, 2011, 2013, 2015 e 2020.
Em 2008, a biometria começou a ser adotada em algumas localidades e, até julho de 2020, mais de 119 milhões de eleitores tiveram suas digitais cadastradas.
Portanto, como podemos ver, a urna eletrônica é parte relevante do processo eleitoral brasileiro e da concretização da ordem e da legitimidade na realização das eleições.
Como funciona a urna eletrônica?
Com tantos anos de existência, milhões de votos realizados e sem apresentar nenhuma falha ou fraude que comprometesse os resultados das votações, a urna eletrônica nada mais é que um supercomputador.
Para começar e explicar como a urna eletrônica funciona, pontuamos que a urna não é conectada à internet, nem via Wi-fi nem via fibra óptica, e por isso, durante a votação, não há possibilidade de invasão.
No fim das votações, os votos são embaralhados, criptografados e armazenados em um cartão enviado à junta eleitoral. De lá, os dados são enviados, por uma rede exclusiva, para os TREs, que conferem se eles vieram de uma urna oficial e os repassam ao TSE, que totaliza e divulga os resultados.
São vários mecanismos utilizados para garantir a segurança dos dados, os principais são a criptografia (tecnologia que oculta os dados) e as chaves de segurança secretas (que decifram os dados criptografados). Além de que a urna registra todos os eventos que ocorrem durante a votação (hora em que foi ligada, momento de cada voto, eventual pane, desligamento, retirada dos dados, etc).
Auditoria e Segurança
A urna foi criada não só para agilizar a apuração, mas com o objetivo principal de eliminar fraudes que ocorriam na contagem manual de cédulas de papel. Por isso, é natural supor que a segurança é o fator fundamental para o uso da urna eletrônica. E dentre os vários mecanismos utilizados pelo TSE, um dos principais é o TPS.
O Teste Público de Segurança (TPS) é um evento da Justiça Eleitoral e foi criado justamente para monitorar o processo eletrônico de votação. Realizado, preferencialmente, no ano anterior às eleições, conta com a participação e colaboração de especialistas na busca por problemas ou fragilidades que, uma vez identificadas, serão resolvidas – e testadas – antes da realização das eleições.
O último TPS foi realizado em novembro de 2021. E o acesso é livre para diversas instituições e qualquer cidadão brasileiro.
Principais características das urnas eletrônicas
Importante relembrar algumas características das Urnas Eletrônicas, para combater as fake news:
· As urnas eletrônicas não se conectam a nenhum tipo de rede, internet ou bluetooth;
· Utilizam criptografia, assinatura e resumo digitais, garantindo que somente o sistema e programas desenvolvidos pelo TSE e certificados pela Justiça Eleitoral (JE) sejam executados nos equipamentos;
· Possibilidade de auditoria das urnas, antes, durante e após a votação, pelos partidos e instituições fiscalizadoras e pela sociedade em geral;
· Impressão da zerésima (comprovante que mostra que, no início da votação, não há voto registrado na urna para nenhuma candidatura);
· As urnas ainda contam com o Registro Digital do Voto (RDV). Nele, as informações sobre os votos são embaralhadas em uma tabela que assegura o sigilo da votação;
Segundo informações do TSE em 2021, o Brasil tem um parque eletrônico de 577.125 equipamentos.
Como vão ser as eleições de 2022?
Você já deve estar bem informado sobre as eleições de 2022, mas não custa nada relembrar.
O 1º turno das eleições será em 2/10/2022, domingo. E, se houver 2º turno, este será realizado em 30/10/2022, também domingo. Lembrando que o dia da eleição é feriado.
Nas eleições de 2022, os brasileiros irão votar para os cargos de presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal, senador (uma vaga), deputado federal, estadual e distrital.
Importante ressaltar que nas eleições de 2022 é proibido o uso de aparelhos de celular na cabine de votação, desligados ou não. Fique atento!
Novidades para 2022
As urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições de 2022 foram produzidas em Manaus (AM) pela Positivo Tecnologia, vencedora da licitação que fabricou 225 mil novas urnas, de um total de 577 mil que serão usadas nas Eleições de 2022.
Mais modernas, as urnas Modelo UE2020 trazem novos recursos de acessibilidade e novidades em termos de segurança, transparência e agilidade. A produção era focada nas placas-mãe da urna. Lembrando que cada fase da produção dos equipamentos foi acompanhada pela equipe da Coordenadoria de Tecnologia Eleitoral (Cotel) da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE.
Outra novidade é que o TSE lançou o simulador de votação na urna eletrônica! Por meio do site do órgão, o eleitor pode treinar a sequência de votação que será adotada nas eleições de outubro. E você, leitor, está se preparando para exercer seu direito nas eleições de 2022? Ainda dá tempo de estudar os candidatos e fazer valer seu voto. (Com informações Compraepoupa)
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