O caso comoveu os policiais e membros de uma igreja evangélica
Miguel, de 11 anos, ligou para a Polícia na última terça-feira (02), para pedir socorro. Ele não teve a casa assaltada, não foi agredido ou presenciou um crime. Ele tinha apenas fome. O caso aconteceu na cidade de Santa Luzia, no estado de Minas Gerais.
“Estou com fome. Nada pra comer, desde cedo”, afirmou. Os policiais do 35° Batalhão da PM chegaram à casa suspeitando de maus-tratos, mas encontraram a residência limpa e arrumada e as crianças estavam bem.
Sensibilizados com a situação, um grupo da Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte visitou a casa da família na última quinta-feira (04). Assim, além de receberem doações de comida, a casa será reformada.
LEIA TAMBÉM:
“Essa porta de entrada não fecha, tá toda quebrada. À noite, eu tenho que empurrar os móveis atrás dela para segurar, porque o lote todo é aberto. Fico com muito medo pelas crianças”, conta Célia Arquimino Barros, de 46 anos, mãe de Miguel.
Miguel e as outras crianças
Ela mora com os seis filhos em um barracão de três cômodos. Contudo, as paredes ainda de cimento, estão sem nenhum acabamento.
“Nós viemos aqui ver se podemos ajudar a família. Eles já estão recebendo diversas doações de alimentos. A gente só se lembra da comida, mas esquece que também há outras necessidades”, disse o pastor Fernando Guedes.
“Vamos reunir nossa comunidade para melhorar as condições dessa família. De imediato, vamos trocar essa porta, mas queremos reforçar a casa, talvez trocar a geladeira”, informa o pastor.
Desde a repercussão da história, a família vem recebendo doações de alimentos.
“Essa noite todos dormiram melhor, com a barriga cheia. A gente tava comendo só fubá e farinha”, disse Célia. Por fim, além dos filhos, ela cuida de três netos, de 1, 3 e 4 anos, que moram no barracão ao lado.
Sugestão de pauta