Cerca de 600 mil litros de água foram utilizados para conter o incêndio.
Na última quinta-feira (28), uma carreta queimada chamou a atenção de motoristas que passaram pela rodovia federal 267, em Bataguassu (MS).
De acordo com as informações, mesmo com a carga de algodão completamente queimada, um painel com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, acoplado na carroceria ficou intacto.
Posteriormente, o Portal do G1 conversou com especialistas para entender por que o painel não foi afetado pelo fogo.
Nesse ínterim, o subtenente da Corporação de Bataguassu, Guilherme Nazzro da Costa, contou que o motorista da carreta disse que estava trafegando pela rodovia quando foi avisado por outro motorista que a carreta estava pegando fogo.
“Só queimou o reboque, [porque] quando o motorista foi avisado, ele soltou o cavalo da carroceria, o que preservou a cabine. Para quem tem fé, é um milagre. Foi algo muito impressionante, alguma coisa diferente aconteceu ali”, afirmou.
Logo depois, o cabo do Corpo de Bombeiros, Jonathan Paulo Pinto, que atuou no combate às chamas, disse que controlar fogo em algodão é complicado.
“Nos chamou muita atenção que toda a carga foi queimada pelas chamas, além da carroceria do caminhão e a parte da imagem da Santa ficou intacta. Várias pessoas pararam para comentar e filmar”, lembrou.
Em seguida, o doutor em Física e professor do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), Dante Alighieri, comentou que o material utilizado na confecção da imagem pode explicar o porquê dela não ter incendiado.
A princípio, o profissional não analisou pessoalmente os materiais e aponta hipóteses do que pode ter ocorrido.
“Tudo indica que o incêndio foi de dentro para fora e o fogo não atingiu a imagem. Não sabemos do que é feita a imagem, e depende do produto químico utilizado. Existem produtos químicos que resistem ao fogo”, afirmou.
Alighieri explicou que se o fogo foi de dentro para fora, pode-se entender o motivo das labaredas não atingirem a imagem. A outra hipótese pode ser de que o calor não foi suficiente para danificar o material.
“Se a pintura for no metal, foi produzido com um produto químico de qualidade e o calor não alterou o material. Se for em uma lona, o calor que chegou até a lona não foi suficiente para danificar a imagem”, completou.
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O motivo do início das chamas não foi esclarecido. O motorista não se feriu. Conforme o Corpo de Bombeiros da cidade, foram utilizados cerca de 600 mil litros de água para conter o incêndio.
Vários caminhões pipas de diversas empresas da região auxiliaram no combate. Também foram utilizados maquinários para remover a carga que estava obstruindo parte da rodovia.
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