A vítima foi morta no salão de beleza em que trabalhava.
Nesta quarta-feira (15), o homem identificado como Neylor Eduardo de Siqueira foi condenado a 21 anos de prisão após assassinar a ex-namorada, Daiana, com 18 facadas. À primeira vista, o julgamento começou às 08h30 e finalizou por volta das 18h.
De acordo com as informações, o crime ocorreu em novembro de 2020, na cidade de Blumenau.
O pelo Juiz Eduardo Passold Reis, o qual presidiou a sessão, condenou o homem por homicídio qualificado – por motivo fútil, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
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No julgamento, Julsandra Martins da Silva, tia da vítima e pessoa com quem morava, levou o capacete que a jovem utilizava no dia do crime.
“Esse capacete me traz muitas lembranças, muita dor. Esse é o capacete que ela usava naquele dia e foi entregue para mim banhado de sangue e isso me dói muito. Ela era uma menina nova, cheia de sonhos, de planos, estava muito feliz com a profissão dela e, infelizmente, naquele dia aconteceram essas coisas que acabaram com a vida dela”.
A tia relatou que apesar do tempo que o assassino foi condenado não seja o suficiente, ela está satisfeita com o resultado. “A sensação é que o meu dever foi cumprido”.
O advogado da família e assistente de acusação, Alexandro Roberto Maba, considera que a justiça foi feita.
“Saímos satisfeitos desse Tribunal do Júri, acreditamos que a justiça foi feita. Independentemente da condenação que ele recebeu, a Daiana não voltará, mas, aqui hoje, se fez justiça, justiça pela Daiana, para que a responsabilidade do Neylor se desse fim no dia de hoje e começasse ele a pagar a pena dele, que foi ele o causador”, afirmou.
O juiz do caso considerou em sua sentença que o crime foi premeditado, mas o advogado do réu, Leocir Carneiro, não concorda com o ponto.
“Esse é um detalhe que está na sentença do magistrado. Eu não concordo com isso, mas é algo que veio na sentença e em possível recurso a gente vai debater”, contou.
Ele ainda ressaltou que nunca buscou a inocência de Neylor.
“Desde o começo ele confessou o crime para mim e era o desejo dele confessar em plenário, confessar perante a sociedade. É isto que a defesa usou, a confissão dele com todos os detalhes esperando ser julgado como ser-humano, mas que cometeu, naquele momento de fúria, um ato desumano”.
O ASSASSINATO
Daiana, de 27 anos, natural de Minas Gerais, foi morta no dia 26 de novembro de 2020. Ocasionalmente, o assassinato aconteceu três meses após o termino com o Neylor, de 33 anos.
Segundo a denúncia do Ministério Público, na manhã daquele dia, a vítima havia acabado de chegar para trabalhar em um salão de beleza localizado no bairro Victor Konder, região central de Blumenau, quando foi surpreendida pelo ex-companheiro.
De acordo com as informações, Daiana foi atingida por 18 golpes de faca no tórax e pescoço, ferimentos que causaram sua morte. O processo tramitou sob sigilo.
Em novembro de 2021, Neylor teve um pedido de habeas corpus negado pelo ministro Antônio Saldanha Palheiro, do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
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