Krueger já frequentou boa parte das principais travessias do Brasil.
Criado na Itoupava Central, região norte de Blumenau, o Guia de Turismo de Aventura Henrique Krueger desenvolveu desde pequeno o gosto pela aventura.
À primeira vista, ainda criança ele teve a oportunidade de subir algumas montanhas célebres da nossa região, como Spitzkopf e o Morro do Baú. Porém, foi na adolescência que ele teve contato com os conceitos e a cultura do montanhismo.
Logo depois, ele descobriu que suas práticas aleatórias se enquadravam em um movimento muito mais significativo.
Encantado com o “mundo mágico das montanhas”, não tirou mais a cabeça das alturas.
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Apesar disso, é um praticante assíduo nesses mais de 20 anos de montanhismo, Krueger já frequentou boa parte das principais travessias do Brasil. Sendo assim, experimentou trilhas nos andes centrais, acatamentos e patagônia austral.
Porém, não satisfeito em apenas repetir caminhos consolidados, também já explorou rotas inéditas em SC, como a Serra do Massiambu (expedição que culminou na conquista do ponto culminante da Grande Florianópolis) e a Travessia da Serra da Bateia, na região de Brusque.
Após acumular experiência prática, optou por especializar-se tecnicamente como guia de turismo de aventura e conquistou diversas certificações relacionadas a conservação de espaços naturais, guia e orientação em montanha e primeiros socorros em áreas remotas.
Há sete anos, com esta bagagem na mochila, Henrique fundou a Terra Média Trekking, empresa que tem por objetivo unir pessoas e conduzi-las de forma segura em trilhas e travessias em ambientes naturais.
Contudo, sediada em Blumenau, a empresa tem seu escritório “lá fora”, promovendo eventos distribuídos em diferentes locais, sempre embasados nos princípios do montanhismo, isto é, adotando condutas éticas e responsáveis para com as pessoas e a natureza.
De acordo com as informações, hoje, a Terra Média já acumula mais de 230 trilhas e travessias realizadas apenas no Sul do Brasil, além de alguns roteiros nacionais (Chapada Diamantina, Serra dos Órgãos, Serra da Mantiqueira) e internacionais (patagônia argentina), movimentando diretamente milhares de pessoas.
“Estou vivendo o sonho, tendo como principal fonte de renda o montanhismo. Através dele, posso oportunizar que outras pessoas conheçam paisagens incríveis e vivenciem novas experiências. É evidente que meus boletos precisam ser pagos, mas tive diversos relatos de pessoas que melhoraram significativamente sua qualidade de vida através das trilhas. Honestamente? Isso não há dinheiro que pague”, disse Krueger.
Mas nem tudo se resume a profissão. Para retribuir tudo o que as montanhas e as pessoas lhe proporcionam, Henrique se dedica também a causas complementares.
EVENTOS SOCIAIS
Posteriormente, além de realizar atividades de manutenção em trilhas, através da Terra Média já promoveu dezenas de eventos de cunho social e/ou ambiental, dentre estes, destacamos alguns beneficiados:
• Centro de Pediatria do Hospital Santo Antônio: doamos uma impressora e telas de pintura usadas em projetos pedagógicos
• Rede Feminina: doamos braçadeiras utilizadas no tratamento pós-mastectomia e uma maca para massoterapia
• Casa da Esperança, Casa de Apoio e Lar Bethel: arrecadamos alimentos para as crianças atendidas nessas instituições
• E.B.M. Prof. Zulma Souza da Silva: promovemos arrecadação de fundos para reforma da biblioteca
Nesse ínterim, em 2021 outro projeto antigo saiu do papel, a AMOVI (Associação de Montanhistas do Vale do Itajaí), instituição da qual Henrique é sócio-fundador e atual presidente e cujo objetivo é unir pessoas interessadas em praticar o montanhismo de forma consciente e organizada, zelando pela conservação dos espaços e pela conduta ética apropriada.
O LIVRO
Por fim, pra quem acha que em algum momento seus pensamentos tocam o chão, saiba que Krueger aproveitou das horas vagas para escrever e lançar.
Em 2019 ele lançou o livro CONTOS ANDINOS que, por meio de histórias fictícias, traz sua impressão sobre diferentes regiões que visitou atrás de montanhas na cordilheira que atravessa nosso continente.
Quando perguntado sobre sua motivação para pensar alto, Henrique disse:
“No final é tudo sobre deixar um legado, saber que essa passagem aqui não foi em vão e, de alguma forma mais ou menos intensa, pude colaborar na felicidade de alguém e deixar algum conhecimento ou motivação, alguma obra.”
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