A informação foi confirmada em comunicado da TV Globo e por familiares
O ator Luis Gustavo morreu na tarde de domingo (19), aos 87 anos, em Atibaia (SP), em decorrência de complicações de um câncer no intestino.
O intérprete dos eternos Mario Fofoca, de “Elas por Elas” (1982), Vavá, de “Sai de Baixo” (1996 a 2002), e Beto Rockfeller (1968), era casado com Cris Botelho. O ator tinha dois filhos: Luis Gustavo, de seu relacionamento com Heloísa Vidal e Jéssica, fruto do casamento com a atriz Desireé Vignolli.
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Nas redes sociais, Cassio lamentou a morte de Tatá, apelido que acompanhou Luis Gustavo por toda a vida.
“Luis Gustavo! Informo que meu querido Tatá, faleceu hoje, vítima de câncer! Descanse na luz e na paz!!! Obrigado por tudo, meu amado tio”.
Jéssica, filha de Luis Gustavo, também declarou amor ao pai:
“Obrigada por tudo, meu amor! Que você descanse agora como merece e seja muito bem acolhido por todos os anjos que te guardam e com todos os aplausos que você conquistou!”
CAMINHADA
De pais espanhóis e nascido em 2 de fevereiro de 1934, em Gotemburgo, na Suécia, Luis Gustavo chegou ao Brasil ainda criança e adotou São Paulo como cidade do coração. O ator passou os últimos anos morando em Itatiba, no interior de São Paulo.
Começou a carreira trabalhando durante cinco anos atrás das câmeras, sendo contrarregra, auxiliar de iluminação e cinegrafista. Em seguida, tornou-se assistente de direção de vários programas, entre eles, o teleteatro TV de Vanguarda. Foi lá que, por acaso, fez a sua estreia como ator, na peça “Mas Não se Matam Cavalos”, de Horace McCoy.
Sua primeira novela foi “Se o Mar Contasse”, na TV Tupi, em 1964. Também na emissora, atuou em “O Sorriso de Helena”, “O Direito de Nascer”, “O Amor Tem Cara de Mulher” e “Estrelas no Chão”.
No teatro, em 1967, ganhou o prêmio de melhor ator da APCT (Associação Paulista de Críticos de Teatro) pela atuação em “Quando as Máquinas Param”, de Plínio Marcos.
Seus últimos trabalhos na TV Globo foram “Brasil a Bordo” e “Malhação: Vidas Brasileiras”, ambos exibidos em 2018.
Em 2017, em entrevista ao “Video Show”, Luis Gustavo relembrou sua trajetória e contou que ainda era reconhecido por seus principais personagens.
Em 1968, Luis Gustavo participou da criação de ‘Beto Rockfeller’, considerada um divisor de águas no modelo de telenovela brasileira.
“Beto, o anti-herói, vivido por Luiz Gustavo, assumiu os postos até então ocupados por personagens de caráter firme, sensatos, absolutamente honestos e capazes de qualquer proeza para salvar a mocinha das adversidades. A sua concepção procurava se aproximar das pessoas comuns, isto é, ter as atitudes boas ou más conforme se apresenta a vida”, escreveu o então colunista do UOL Nilson Xavier, em 2018, quando a trama completou 50 anos.
“Beto Rockfeller” revolucionou também o modelo de interpretação dos atores, que passou dos exagerados gestos dramáticos para algo natural. A ideia inicial da novela foi do então diretor artístico da Tupi, Cassiano Gabus Mendes.
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