Ao todo, foram 37.459 casos de janeiro a julho deste ano contra 35.644 do mesmo período do ano passado
Nos primeiros sete meses de 2021, o estado de Santa Catarina registrou 1.815 casos de violência doméstica a mais que no mesmo período de 2020. Ao todo, foram 37.459 casos de janeiro a julho deste ano contra 35.644 do mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados neste sábado (7) pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), dia em que a Lei Maria da Penha completa 15 anos.
Consequência da agressão, os casos de feminicídio, nos primeiros sete meses de 2021, apresentaram queda. De 01 de janeiro a 31 de julho deste ano, 22 mulheres morreram pelo fato de ser mulher ou em decorrência da violência doméstica, contra 31 do mesmo período do ano passado (-29%).
Nesse sentido, quanto ao mês de julho, o estado registrou o menor número de ocorrências para o mês dos últimos quatro anos. Ao todo, foram duas mortes contra 7 do mês de julho do ano passado.
“Quanto às prisões destas últimas 22 ocorrências de feminicídio de 2021, as polícias Civil e Militar conseguiram, em 77% dos casos, prender o autor no mesmo dia ou no dia seguinte ao fato”, informou a SSP.
Perfil da vítima
Dos 22 casos, duas vítimas tinham boletim de ocorrência registrado contra o autor, 27% eram atuais companheiras, 32% eram ex-companheiras, 41% contra outros tipos de vínculos, como, por exemplo, ascendente, descendente, ou outro parentesco.
Desse modo, a fim de evitar que mais mulheres sejam mortas, a SSP oferece serviços de apoio. De antemão, porém, a qualquer sinal de violência, denuncie pelos canais, como 0 190 da Polícia Militar, o 181 da Polícia Civil, o WhatsApp (48) 98844-0011 ou registre boletim de ocorrência na Delegacia Virtual da Mulher (www.pc.sc.gov.br) ou comparecendo a qualquer Delegacia de Polícia Civil do Estado. Fora esses, existem outros serviços. São eles:
– Rede Catarina da Polícia Militar: programa institucional da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) direcionado à prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, estando pautado na filosofia de polícia de proximidade e buscando conferir maior efetividade e celeridade às ações de proteção à mulher. Atualmente, 173 municípios são atendidos pelo programa, sendo 2.424 mulheres são assistidas pela Rede Catarina, que tem acesso ao botão de pânico.
– Polícia Civil por Elas: criado pela Coordenadoria das DPCAMIs (Delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso), tem por objetivo atuar em diferentes frentes e garantir desde a prevenção até o atendimento adequado às mulheres e famílias vitimadas pela violência.
– Sala Lilás: o espaço, na 7ª Delegacia de Polícia, em Canasvieiras, em Florianópolis, é destinado ao acolhimento e ao atendimento especializado para mulheres, crianças, adolescentes e idosos vítimas de violência.
– Polícia Civil e Senac: o projeto prevê a disponibilização de cursos profissionalizantes gratuitos nas unidades do Senac SC em todo estado para mulheres indicadas pela Polícia Civil que já sofreram violência doméstica.
– Delegacia Virtual para as Mulheres: em 2020, a Polícia Civil passou a disponibilizar a Delegacia de Polícia Virtual da Mulher com objetivo de ampliar os canais de acesso para denúncias de violência e familiar. O ícone fica no lado direto da tela inicial do portal na internet (www.pc.sc.gov.br).
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