Os policiais são contrários ao texto da Reforma da Previdência.
Policiais civis e outros profissionais civis da Segurança Pública de Santa Catarina poderão paralisar as atividades nos próximos dias. O motivo é o texto da Reforma da Previdência que o Governo do Estado deverá encaminhar para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Nesta quarta-feira (23), diversos municípios realizaram manifestações contrárias à reforma.
Os profissionais pedem que na reforma seja garantida a paridade (replicar o reajuste de policiais da ativa) e integralidade (aposento com o mesmo valor da última remuneração) de salários na aposentadoria. Para a Associação de Agentes de Polícia Civil de Santa Catarina (Agepol-SC) a proposta do Governo do Estado retiraria esses direitos para os policiais que ingressaram depois do ano de 2003.
“São direitos que os policiais militares de Santa Catarina já têm e de outros Estados também conseguiram. Nós planejamos, estudamos e investimos para estar na Polícia Civil e quando entramos esses direitos eram garantidos e agora querem tirar. Queremos, também como cidadãos, ter uma vida tranquila quando pararmos as nossas atividades”, disse a vice-presidente da Agepol-SC, Cristina Feijó.
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Outra questão é sobre a pensão por morte. O texto prevê que o parceiro do policial receba 50% da pensão mais 10% por dependente, diferente de bombeiros e policiais militares que estão de fora da reforma.
“Existe uma diferenciação dos benefícios para diferentes forças de seguranças, mas os policiais civis também fazem trabalho de polícia, cumprem mandados de prisão e apreensão, realizam operações contra tráfico de drogas. Temos os mesmos riscos”, falou Cristina.
Uma reunião com representantes do Governo de Santa Catarina foi realizada na tarde desta quarta-feira (23). Se não houver acordo, novas manifestações serão feitas. “Não está descartada a possibilidade de uma paralisação”, informou a vice-presidente da Agepol-SC.
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