O principal suspeito do crime seria o namorado da vítima, que teria pulado o muro da residência para cometer o crime
Santa Catarina registrou mais uma morte por conta da violência doméstica na noite de domingo, 27 de setembro. Desta vez, o crime ocorreu em Camboriú, no Litoral Norte do Estado.
A vítima, uma mulher 29 anos, foi executada com quatro tiros na cabeça. O namorado dela, de 35 anos, é o principal suspeito.
O crime ocorreu dentro da casa da mulher, na rua Tereza Evangelista Gonçalves, no bairro Tabuleiro, por volta das 20h. De acordo com a Polícia Civil, o homem, que não teve a identidade divulgada, chegou ao local em um carro Volvo preto, pulou o muro da residência e disparou os tiros. Ele fugiu do local logo depois.
Responsável pelas investigações, o delegado Gustavo Reis vai ouvir nesta segunda-feira, dia 28, algumas testemunhas. Vizinhos e familiares da vítima e do suspeito vão até a delegacia prestar depoimento nesta tarde.
A dinâmica, motivação e detalhes do crime não foram divulgados pela polícia, mas o caso é investigado como feminicídio, já que a condição de gênero teria sido determinante no caso.
“A gente está apurando melhor as informações. Já foi instaurado o inquérito, mas está muito recente ainda. A gente vai começar a ouvir as testemunhas hoje [..] na semana vou ter mais informações”, disse Reis.
Polícia investiga se criança viu crime
No local do crime, testemunhas disseram que uma criança com síndrome de Down, que morava na casa, viu a cena. Nas redes sociais, a informação foi replicada. A Polícia Civil investiga o fato.
Nesta manhã, o capitão Rafael Zancanaro, do 12º Batalhão de Polícia Militar, não confirmou a informação. “Não é verdade”, disse o policial ao ser questionado.
“Algumas testemunhas disseram que viram uma criança no local. À princípio, seria filha da vítima, de sete anos”, disse o delegado Reis.
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Feminicídios na cidade
Em 2020, ao menos duas outras mulheres foram vítimas de feminicídio em Camboriú. O primeiro crime ocorreu em abril, quando um policial militar aposentado matou a ex-companheira e depois se suicidou. Neiva Mendes, de 54 anos, morreu na hora.
Em julho, Leonice Alexandrina Teixeira Bechtold também foi vítima de um crime praticado pelo ex-companheiro. Após fazer as malas para deixar a casa que dividia com Ricardo Ralf, 34 anos, ela foi morta com dois tiros na cabeça pelo homem. Seu executor também se suicidou após o crime.
Fonte: ND Mais
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