Veículo estava estacionado em um mercado e a suspeita é que ela tenha sido morta pelo companheiro
Uma mulher de 43 anos foi encontrada morta no porta-malas do próprio carro em São José, na Grande Florianópolis, no fim de semana. A Polícia Civil investiga o caso e acredita que ela foi vítima de feminicídio. O companheiro é o principal suspeito. Ele fugiu e não tinha sido localizado até a manhã desta segunda-feira, 13 de julho.
Entidades ligadas à educação, como o sindicato dos professores, além de outros profissionais da área, amigos e familiares lamentaram a morte em publicações em redes sociais e pedem Justiça.
“É com muita tristeza que recebemos a notícia da morte da professora Patrícia Vicente. Patrícia era uma mãe, mulher, professora que teve a vida interrompida de forma cruel e covarde. Aos familiares e amigos, nossos sentimentos”, informou a regional do sindicato dos professores, Sinte de São José, em uma publicação.
Patrícia Vicente morava no bairro Ponte do Imaruim, em Palhoça, também na Grande Florianópolis, e estava desaparecida desde a madrugada de sexta-feira, dia 10. A filha dela e amigos chegaram a publicar mensagens em redes sociais para que ajudassem a localizar a mulher, que segundo a filha, era professora.
Na noite de sábado, dia 11, porém, o carro dela foi encontrado no estacionamento de um mercado em São José e a polícia foi acionada. O corpo de Patrícia estava no porta-malas do veículo.
Ela tinha marca de agressão do pescoço e a análise preliminar apontou morte por estrangulamento, mas os investigadores aguardam o laudo do Instituto Geral de Pericias para confirmar a causa da morte.
O caso está sendo investigado pela Delegacia da Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami) de Palhoça. A suspeita é que ela tenha sido morta na casa onde morava com o companheiro. Segundo a filha da vítima, ele que não aceitava o fim do relacionamento e o casal já tinha terminado mais de uma vez.
“Ela já tinha mandado ele embora. Creio que ela voltou por medo porque ele ameaçava, não só ela como a família”, disse a filha Pabliane Beatriz Machado à NSC TV.
Ainda segundo a filha, uma filmagem de câmera de monitoramento teria registrado o momento em que ele coloca a professora no porta-malas. As imagens estão sendo analisadas pela polícia.
Segundo a regional do Sinte de São José, Patrícia tinha a formação de professora, com curso de Magistério, graduação em Pedagogia e pós graduação na área de educação, mas ainda não havia atuado dando aulas. Ainda de acordo com o sindicato, ela já tinha trabalhado em escola e nos últimos anos vinha realizando concursos para trabalhar como professora.
As Secretarias municipais de Educação de São José e de Palhoça e a Secretaria Estadual de Educação informaram que Patrícia Vicente não estava atuando em nenhuma dessas três redes públicas neste ano.
Em fevereiro deste ano uma professora da rede estadual também foi vítima de feminicídio em uma escola de Florianópolis. Ela foi morta a facadas dentro da unidade de ensino e era ameaçada pelo ex-namorado. Ele foi preso e morreu dias depois na unidade prisional.
Fonte: G1 SC
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