A principal mudança na nova tabela é o fim da taxa mínima para consumo de até 10 metros cúbicos, que tem atualmente o valor de R$ 45,19.
A nova estrutura da tarifa de água e esgoto praticada nos 195 municípios atendidos pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) entra em vigor no dia 1º de março. Os novos valores e critérios que vão compor a tarifa foram definidos por agências reguladoras e serão medidos no consumo de março, para pagamento nas faturas com vencimento em abril.
A principal mudança na nova tabela é o fim da taxa mínima para consumo de até 10 metros cúbicos, que tem atualmente o valor de R$ 45,19.
Em vez disso, vai ser cobrada uma tarifa pela disponibilidade do serviço, no valor de R$ 29,49, e a partir daí uma cobrança pelo consumo efetivamente apontado no hidrômetro – R$ 1,96 por metro cúbico, no caso de quem consumir até 10 metros cúbicos, e R$ 9,11 por metro cúbico, para consumos entre 11 e 20 metros cúbicos ao mês.
Na avaliação da Casan, o novo formato de tarifa vai estimular um uso mais consciente de água.
– Quem economizar mais, pagará menos – resume o diretor financeiro e de Relações com os Investidores da Casan, Ivan Gabriel Coutinho.
A nova fórmula da tarifa já havia sido definida em outubro do ano passado e tinha prazo de 180 dias para passar a vigorar. Técnicos da companhia vão percorrer o interior do Estado para apresentar os novos valores e a nova fórmula da tarifa de água no Estado.
A primeira dessas reuniões ocorreu nesta terça-feira, em Criciúma. Ainda esta semana a equipe da Casan passará por São Joaquim (quarta), Rio do Sul (quinta) e Chapecó (sexta).
Pelo menos 50% devem ter redução na tarifa, diz Casan
Segundo a Casan, pelos dados atuais do cadastro da empresa, pelo menos 50% dos usuários terão redução na tarifa. Outros 16% que pagavam a tarifa de consumo mínimo agora poderão ter uma tarifa menor caso reduzam o consumo.
O gerente comercial Paulo Peressoni alerta que “aproximadamente 40% dos usuários poderão pagar mais pela nova tabela, caso não reduzam o consumo atual”. Ainda assim, o acréscimo máximo na fatura seria de 10%. Nos cofres da companhia, essa diferença não deve representar aumento da arrecadação, mas sim compensar os valores menores da tarifa que serão pagos por quem consumir até oito metros cúbicos ao mês.
O consumo médio dos moradores de Santa Catarina é de 154 litros/dia, um número que pode diminuir com a adoção de pequenas práticas, como fechar a torneira enquanto lava a louça ou reduzir o tempo de banho.
Fonte: NSC | Por Jean Laurindo | Informações: Casan | Foto: Tiago Ghizoni
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