A entrada da indústria de construção naval de defesa pode abrir espaço para novos projetos do setor, e reativar o polo catarinense.
A Itajaí Participações, empresa pública para captação de investimentos em Itajaí, assina com a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e a Empresa Gerencial de Projetos Navais da Marinha do Brasil (Emgepron), nesta sexta-feira, um memorando de entendimentos para implantação de um cluster da indústria naval da defesa no Estado. O documento funciona como um protocolo de intenções para fortalecer a indústria catarinense diante das novas demandas que surgirão a partir do início das atividades do Consórcio Águas Azuis, que construirá em Itajaí quatro corvetas para a Marinha – um projeto de US$ 2 bilhões.
A assinatura ocorre durante a SC Expo Defense, feira de oportunidades no setor de defesa que abre nesta sexta em Florianópolis, organizada pelo Comitê da Indústria de Defesa de Santa Catarina (Comdefesa). O prefeito Volnei Morastoni (MDB) representa Itajaí.
A construção das corvetas em Itajaí é um dos grandes projetos atuais das forças armadas. A previsão é que o contrato resulte em 2 mil empregos diretos, no auge da produção – um alívio para o setor da indústria naval offshore, que foi sugado pela crise do petróleo e pelo desmonte dos projetos da Petrobras que resultou da operação Lava Jato.
O polo da indústria de construção naval offshore catarinense, que se concentra em Itajaí e Navegantes, chegou a empregar 10 mil pessoas há menos de uma década. Hoje, não há mais do que 1,5 mil trabalhadores ativos.
A entrada da indústria de construção naval de defesa pode abrir espaço para novos projetos do setor, e reativar o polo catarinense. O contrato com o Consórcio Águas Azuis prevê transferência de tecnologia – as corvetas são inspiradas no modelo alemão Meko A100.
Fonte: NSC | Por Dagmara Spautz | Foto: Marinha do Brasil
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