Os pinguins, que são da espécie pinguim-de-magalhães, ainda passarão por necropsia, que indicará a causa da morte.
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, que controla o encalhe de animais marinhos na costa de Santa Catarina, registrou entre quinta e sexta-feira mais de 40 pinguins mortos na orla de Bombinhas. Os animais foram encontrados nas praias de Mariscal, Canto Grande e Zimbros.
Os pinguins, que são da espécie pinguim-de-magalhães, ainda passarão por necropsia, que indicará a causa da morte. Mas o oceanógrafo Jeferson Dick, coordenador da Unidade de Estabilização do Projeto de Monitoramento de Praias, acredita que os animais tenham morrido por causas naturais. Estão muito magros, e não resistiram ao desgaste da viagem de volta à Patagônia.
Segundo Dick, todos os pinguins recolhidos são juvenis e estavam em sua primeira viajem migratória, possivelmente num mesmo grupo. Os pesquisadores acreditam que tenham sentido dificuldade para se alimentar, o que trouxe dificuldade para lutarem contra as correntes marinhas.
O Instituto Anjos do Mar, que atua em Bombinhas, também localizou cerca de sete pinguins debilitados nos últimos dias. A maioria foi encaminhada para recuperação. O Instituto também recolheu um lobo marinho morto esta semana.
Menos pinguins
A situação dos pinguins em Bombinhas foi, até agora, isolada. Este foi um ano de poucos resgates da espécie em Santa Catarina – de janeiro a julho, o Projeto de Monitoramento de Praias contabilizou 338. No mesmo período, em 2018, foram 6,8 mil.
O pesquisador André Barreto, professor da Univali e coordenador do projeto, explicou que há uma grande oscilação em relação aos pinguins. A cada cinco anos, em média, eles costumam aparecer em grande quantidade em SC. A continuidade do levantamento, que passa diariamente pelas praias do Estado, deverá ajudar a compreender o fenômeno.
Fonte: NSC | Por Dagmara Spautz | Foto: Projeto de Monitoramento de Praias
Sugestão de pauta