Até quinta-feira a prefeitura de Blumenau espera finalizar os termos de referência para buscar empresas interessadas em prestar o serviço antes desempenhado pela URB. Segundo o secretário de Gestão Governamental, Paulo Costa, algumas estão mapeadas pela Secretaria de Administração, no que seria um cadastro prévio já existente.
Como havia mais de um contrato firmado entre Município e Companhia – como zeladoria de escolas, tapa buracos e roçada, por exemplo – pode haver a contratação de mais de uma empresa. A prefeitura espera ter os contratos emergenciais firmados ainda na primeira quinzena de abril. Até lá, a cidade segue sem manutenção.
O contrato entre o Município e a URB era de R$ 2 milhões ao mês, em média. A expectativa é ver esse valor cair quando a empresa ou as empresas definitivas forem conhecidas após processo licitatório, o que pode levar um longo tempo. O contrato emergencial tem prazo de seis meses, mas pode ser prorrogado por outros seis.
Paralelamente, deve ocorrer o processo de licitação. Além da redução do valor contratual, outra vantagem seria o fato de as empresas que assumirem os serviços serem responsáveis, por exemplo, pela reposição de funcionários em licença, de atestado e até mesmo aposentados. Com a URB, toda a situação precisava ser administrada pela urbanizadora.
Paulo Costa diz que conforme as demissões dos 642 servidores forem efetivadas, os interessados serão incluídos em um cadastro que será entregue às futuras novas empresas. A ideia é que essa mão de obra seja absorvida, nos mesmos moldes do que houve com motoristas e cobradores do Consórcio Siga.
Entretanto, o secretário de Gestão Governamental afirma que não é possível determinar essa recontratação. Na manhã desta segunda-feira, muitas equipes aguardavam no pátio da URB por orientações. Eles não haviam sido comunicados oficialmente da decisão do prefeito Mário Hildebrandt de fechar a companhia. Nas rodas de conversa o que predominava era o sentimento de desrespeito pela forma como Hildebrandt justificou a decisão de extinção da companhia. Em entrevista ele usou a palavra ineficiência, o que ofendeu os colaboradores que se dedicam à manutenção da cidade.
As exonerações devem seguir pelos próximos dias. Os primeiros demitidos foram 75 cargos comissionados.
Fonte: nsc/Por Pancho e Talita Catie | Foto: Talita Catie
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