Dados atualizados até a última terça-feira, 4 de março, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive/SC), mostram que há um caso suspeito de febre amarela sendo investigado em Santa Catarina. A notificação da suspeita da doença é de um paciente que mora em Itapoá, no Norte do Estado _ ao todo, três casos foram notificados neste município, sendo que dois já foram descartados.
Outros 19 casos notificados já foram descartados, sendo oito deles por critério laboratorial e outros 11 por critério clínico-epidemiológico. Depois de Itapoá, Blumenau foi a cidade com maior número de notificações (3). Campo Alegre, no Planalto Norte, Tubarão, no Sul do Estado, e Joinville, também no Norte, tiveram, cada um, duas notificações de casos suspeitos da doença. Outras nove cidade notificaram um caso cada uma.
Macacos também são monitorados
A Dive/SC também divulgou dados atualizados da situação da doença em macacos. Até esta semana já haviam sido notificados 109 mortes de primatas em 27 municípios no Estado. No entanto, do total de acometidos, 19 deles tiveram a causa do óbito indeterminada pois não foi possível fazer o diagnóstico por ausência de amostras coletadas. Outros 25 permanecem sob investigação e 65 foram descartados.
Nesta situação, o município com maior número de ocorrências foi Florianópolis. Segundo a Dive/SC, 46 mortes foram notificadas na cidade. Em 28 delas a febre amarela como motivo do óbito foi descartada, três deram resultado indeterminado e outras 15 seguem sendo investigadas.
SC é área de recomendação de vacinação
De janeiro até março já foram aplicadas 225,4 mil doses da vacina contra febre amarela em Santa Catarina. Neste mesmo período também foram notificados quatro casos suspeitos de evento adverso grave pós-vacinação. Destes, três permanecem em investigação e apenas um foi confirmado.
O Estado é considerado área de recomendação de vacinação para febre amarela. Segundo a Dive/ SC, o reforço da vacina é considerado seguro, sendo a medida mais eficaz para a proteção contra a doença. A ocorrência de eventos adversos, em especial os considerados graves, é rara, necessita de atendimento médico imediato e deve ser investigada pela vigilância epidemiológica.
Perguntas frequentes sobre a febre amarela
O que é a febre amarela?
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente.
Quais os sintomas?
Os sintomas iniciais incluem: febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver: febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem a doença na forma grave podem morrer. Vale chamar a atenção para o fato de que a febre amarela pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente.
Como se manifesta?
O período em que o vírus irá se manifestar no homem varia de 3 a 6 dias após a picada do mosquito infectado, podendo se estender até 15 dias. A maioria das pessoas apresenta melhora após os sintomas iniciais, no entanto cerca de 15% apresentam apenas um breve período de horas a 1 dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença. Essa pessoa doente pode servir como fonte de infecção para outros mosquitos transmissores durante, no máximo, 7 dias (entre 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas até 3 a 5 dias após). Nos casos que evoluem para a cura, a infecção confere imunidade duradoura. Isso quer dizer que você só pode ter febre amarela uma vez na vida.
O que fazer se apresentar os sintomas?
Depois de identificar alguns dos sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima. Informe-o sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas e, também, se houve mortandade de macacos próximo aos lugares que você visitou.
Como a febre amarela é tratada?
Não há nenhum tratamento específico contra a doença. O médico deve tratar os sintomas, como dores no corpo e na cabeça com analgésicos e antitérmicos. Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.
Fonte: nsc/Por Larissa Neumann | Foto: Salmo Duarte
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