As obras de pavimentação e qualificação da rua Carlos Roberto Schramm e do Loteamento Margem Esquerda, às margens da BR-470, em Gaspar, que deveriam ter sido entregues no dia 7 de fevereiro, têm um novo prazo para serem finalizadas: julho de 2019. Há pouco mais de um mês, o Cruzeiro do Vale noticiou o descaso da prefeitura e a revolta dos moradores do loteamento com a obra que, segundo eles, estava parada a cerca de quatro meses.
Agora, com cinco meses de acréscimo, quem continua sofrendo com a situação é a população. A moradora Michele Vansuíta destaca o caos que a região se tornou. “A empresa que faz a obra mexe nas ruas e deixa tudo num estado lastimável. É muita lama quando chove. É quase impossíveis passar pelas ruas, tanto de carro quanto a pé”.
A moradora diz que entende que obras causam transtornos. Mas, para ela, a situação já está passando dos limites. A falta de continuidade dos trabalhos causa mais problemas para Michele pelo fato de ela ser mãe de uma criança com síndrome de Down e o ônibus da Apae não conseguir chegar até sua casa para pegar a criança. “Não tem mais rua e o ônibus não passa. Nós, moradores, precisamos passar com nossos carros por onde seria a calçada”, detalha.
O que diz a prefeitura
De acordo com o Engenheiro Civil da Prefeitura de Gaspar, Ricardo Bernardino Duarte, a obra sofreu redução na carga de trabalho devido ao tipo de solo encontrado, caracterizado como: ruim, mole e com um tipo de material com baixa capacidade de suporte.
Ao ser questionado se um estudo do solo não havia sido feito antes de iniciarem as obras, o engenheiro explicou que, no projeto inicial, havia sido feito um estudo e adotado medidas para o terreno. “Na antiga gestão, esse projeto foi modificado, pois a obra estava muito cara. O problema que era previsto no projeto inicial apareceu agora e estamos fazendo as adequações”.
Ainda segundo o engenheiro, os serviços da rede de tratamento de esgoto estão sendo executados e a pavimentação, que estava paralisada por problemas no projeto e que precisou de um aditivo da Caixa Econômica Federal, já foi autorizada a continuar. “A empresa que está executando a obra já foi autorizada a dar continuidade. Agora, eles devem comprar material e levar os equipamentos. Acredito que na segunda-feira [4 de março] devam retomar os trabalhos”.
O aditivo soma, aproximadamente 1,4 milhão.
Fonte: Cruzeiro do Vale
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