Pela primeira vez desde 2016, quando começaram as análises de balneabilidade do Instituto do Meio Ambiente (IMA), os três pontos de coleta da Praia Brava, em Itajaí, estão impróprios para banho. A classificação surpreende, já que o único ponto que apresentou eventuais problemas com a balneabilidade nos últimos anos foi a saída da Lagoa do Cassino. Os outros dois, no Canto Sul e em frente à Rua Doca Rebelo, nunca foram considerados impróprios em verões anteriores.
A análise do IMA mostra que houve um aumento súbito na quantidade de coliformes fecais na água do mar. Chegou a ser 30 vezes maior do que o limite, que é de 800 para cada 100 mililitros de água. As amostras foram retiradas um dia após a enxurrada do dia 17 de fevereiro.
Na segunda semana de janeiro, quando houve chuva forte, o ponto do Canto Sul também ficou impróprio _ foi a primeira vez desde que passou a receber os testes de balneabilidade, em 2016. Marlon Daniel da Silva, gerente de Laboratório e Medições Ambientais do IMA, diz que isso é uma evidência de que, quando há enxurrada, o esgoto vai parar no mar de alguma forma _ o que não deveria ocorrer.
Direção do vento e das marés podem interferir no resultado. Mas é digno de apontamento que enxurradas não tenham provocado o mesmo efeito em anos anteriores.
O resultado negativo surge em um momento em que a Praia Brava passa por intensa urbanização. Nei Locatelli, diretor de saneamento do Semasa, diz que a autarquia está trabalhando para garantir que todos os imóveis da Praia Brava estejam conectados à rede. Dos cerca de 500 inspecionados recentemente, 40% tinham alguma irregularidade.
Fonte: nsc/Por Dagmara Spautz | Foto: Dagmara Spautz
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