Iniciada em 9 de abril de 2018, com prazo de finalização em 7 de fevereiro deste ano, as obras de pavimentação e qualificação da Rua Carlos Roberto Schramm e do Loteamento Margem Esquerda, às margens da BR-470, em Gaspar, estão longe do fim. Isso porque as melhorias não estão mais sendo feitas desde setembro do ano passado.
Quem chega ao local logo se depara com uma placa informando: obras a 50 metros. Porém, o que se encontra são ruas de barro tomadas por buracos e grandes poças de lama e materiais de construção como lajotas, blocos e tubos espalhados por todos os lados. Nenhuma máquina é vista no local.
Segundo o presidente da Associação de Moradores do Loteamento Margem Esquerda, Pedro Lamin, a informação que a comunidade tem é que a prefeitura parou a obra por conta de erros no projeto. “Alegaram que os calçamentos estavam afundando. E, de fato, estão mesmo. Mas a prefeitura se comprometeu em fazer um novo projeto e até agora ninguém diz nada. Tudo o que ficamos sabendo é pela boca dos outros. Falaram até que a empresa pediu subsídio porque a obra se tornou bem mais cara do que estava previsto”, diz Lamin.
Moradores querem explicações
O Loteamento margem Esquerda abriga entre 350 e 400 pessoas, que vivem em cerca de 100 casas. Todos estão revoltados com a situação. Na rua em que Hélio Hugolino Kreusch mora, existe uma poça de água que ocupa toda a estrada. Para conseguir passar, os moradores molham os pés ou se arriscam ao andar por cima de um monte de brita deixadas de lado. “A prefeitura não pode fazer o que está fazendo com nós. Não tem fiscal para ver como está a situação? E agora que as aulas estão quase começando, como fica a situação das crianças? Eles abandonaram isso aqui…”.
A indignação faz o morador questionar as prioridades da prefeitura de Gaspar. “O nosso loteamento está uma vergonha e a prefeitura faz obras no Centro, onde as ruas já estão prontas. O que o prefeito está fazendo por Gaspar é bom, mas é preciso rever as prioridades. É uma situação vergonhosa”.
Posicionamento da Associação de Moradores
O presidente da Associação de Moradores, Pedro Lamin, afirma que os moradores vão aguardar até o dia 7 de fevereiro, prazo estipulado para que a obra ficasse pronta. Depois dessa data, haverá uma assembleia para definir a melhor maneira de cobrar uma solução por parte das autoridades.
O que diz a prefeitura
O Engenheiro Civil Ricardo Bernardino Duarte, supervisor administrativo da Prefeitura de Gaspar, afirma que as obras não foram paradas, mas sim tiveram uma redução na carga de trabalho. “Isso aconteceu porque o projeto que está sendo executado não estava de acordo para o tipo de solo que encontramos no local, um solo muito ruim, mole e com um tipo de material que tem baixa capacidade de suporte. Sendo assim, a fiscalização decidiu que precisaria um estudo técnico por uma empresa especializada em engenharia para fazer uma avaliação do solo local”, explica.
O engenheiro afirma que o estudo já foi executado e que as alterações no projeto já foram iniciadas. “A reprogramação da obra será encaminhada para a Caixa ainda esta semana. Após o recebimento por parte da Caixa, os serviços de pavimentação serão reiniciados. Algo que deve acontecer a partir do dia 20 de janeiro”, garante.
Os valores dos aditivos somam cerca de R$ 1.400.000,00.
Fonte: Cruzeiro do Vale
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